Monday, April 24, 2006

" O FIM...DA TARDE... "
















Um vento norte assolou a praia.Era impossível permanecer ali...
Que dia será hoje?De qualquer maneira, excuso de saber.Tenho a certeza de que nenhum outro dia poderá coincidir com isto que sinto cá dentro..




















Esta tarde, o poeta em mim murmurou:

" Uma aragem fria
Atravessou a cidade

Duma ponta a outra...
É um aviso!
A tarde vai morrer
Escoando-se em luz... "

Existe aqui um pouco de coincidência, de facto nalguns telhados a sombra escorria lentamente, só que as pessoas tinham mais em que pensar.
Interiormente, cada uma delas, agia á sua maneira...

Umas, trepavam penosamente pelas suas preocupações, balouçando-se na esperança.Outras, travavam duelos terríveis com palavras vãs, mas a angústia acabaria por feri-las.Havia outras ainda, passando parte do tempo "vestindo roupa alheia", mas o desejo, ficar-lhes-ia dentro das montras, aprisionado.
Sei lá... havia tanta gente...



















" Lembro-me ainda da tarde,
E tenho pena...
Pena porque ela não existia
E tinha que morrer... "

Pain-Killer

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