Tuesday, December 12, 2006

" MAR ADENTRO "














( Foto de: Daniela Rocha )

- Sabes, poeta...
Por vezes,
Em plena realidade
Terás momentos em que sonhas
Ao mesmo tempo
Em que a consciência
Parece ficar indiferente ás convenções,
Como se aceitasse a fantasia.



















Aqui interrogar-me-ei:
Este interesse
Terá a sua consciência?
Se tiver
Corresponderá á consciência do sonho.

" Como?
Então quantas consciências existem? "

- Cada situação
Gera uma consciência.



















" Pensei que não era assim! "


- Pois é...
O mal é pensar!...











" Mas diz-me:
Em pleno sonho,
Serei eu quem determina? "

- Não!...
Tudo dependerá dum certo querer,
Ou porque a vontade
Não és tu!...
Há ocasiões em que o sonho
Penetra na realidade,
Exactamente como a idéia real
Envereda pela fantasia...













E isto

Quando ambos sentem
Impossibilidade de realização.

" Mas o que se passa de concreto? "

- Pela sua imposição lógica,
Representa uma situação
Que se quer impor como realidade
Contra a recusa
Da impossibilidade iminente...



















" É portanto uma meia-verdade? "


- Não é bem isso...
É antes
A transição
Para o possível real
Aspirando ao concreto.














" Enfim,
SONHO
REALIDADE
OU MEIA COISA? "

- Seja o que fôr!...
O que interessa é o lado da vivência
Em que te entregarás
Por completo,
AUTÊNTICAMENTE.



















E queres saber mais?...

Agora aqui, neste meu quarto;
Ao recordá-la correndo determinada
Na direcção do maquinista,
Pedindo que a porta se abrisse para mim














APERCEBO-ME

De que não foi simplesmente
Uma sensação de DÉJÁ VU...
Mas sim algo que realmente
JÁ TINHA ACONTECIDO!...

" De que falas?...
Vidas passadas?! "



















- Pelo contrário, poeta!
VIDAS ACTUAIS
Onde o teu sonho apenas
CHEGOU PRIMEIRO.


















- Partindo de
ti?! "

- Sim!...
Porque indirectamente
Tudo parte de nós...
Como se desde sempre
Caminhassemos
um para o outro...




















E o percurso percorrido
NESSE ESPAÇO
Fosse a preparação
Para o dia de HOJE.














( Foto de: Daniela Rocha )

" Acho que te percebo...

Mas e ela?...
Como é que ela existe dentro de ti?... "














- Precisamente como ela é!

AUTÊNTICAMENTE
DOCE
MULHER
INTELIGENTE
RESPEITÁVEL
ARDENTE
VOLUPTUOSA
ENCANTADORA
LEAL...

DESEJÁVEL
AMOROSA
NATURALÍSSIMA, em suma:
IRRESISTÍVEL.

" ELA... é tudo isso?... "














- Únicamente

A idéia que faço dela
A todo o instante
Dentro de ti,
E através do amor
Que ela me dá
NATURALMENTE
SEM SE APERCEBER.



















" Dentro de mim?

Cá dentro? Como no filme?... "

- Que filme?

" O que ela nos mostrou,
Aquele sobre
O AMOR AUTÊNTICO... "













- Sim.

Como no " MAR ADENTRO " .

" E o sushi?!
Foi bom?... "

- Ah, sim..sim...
Mas isso conto-te depois.











( Um tema: " LADY OF DREAMS " - Kitaro )


Pain-Killer

5 comments:

naturalissima said...

"Porque indirectamente
Tudo parte de nós...
Como se desde sempre
Caminhassemos
um para o outro...
E o percurso percorrido
NESSE ESPAÇO
Fosse a preparação
Para o dia de HOJE."

A nossa essência funde-se numa única energia magica...
Somos um só gesto, uma só gargalhada, um só abraço, um só beijo, um só AMOR.

Guardo-te num lugar especial do meu coração, do meu corpo, da minha alma.

Um pexinho para o meu peixinho
com amor
Daniela

jawaa said...

Mais um post belíssimo. Imagens e palavras em suspiros de felicidade.
Que bom poder participar!
Beijinhos

Rocha de Sousa said...

Meu caro, o seu espírito entra por vias de delirante desconstrução para reaver o delírio dos sentidos, todos eles, parttindo a cada momento em várias direcções.
A arte não é feita destas curvas
súbitas, mas o amor não em medida, por isso é que o outro dizuia que
«todas as cartas de amor são ruidículas». Gostei de carregar na cruzinha e descobrir um belo exemplo de como o kitch se oparece com as cartas de amor. A Daniela já chegou à superfície, EMERGIU.
Em maiúsculas, como você grita ao modo de quem se «desvê»
Saudações
ocha de Sousa

Rocha de Sousa said...

Meu caro, o seu espírito entra por vias de delirante desconstrução para reaver o delírio dos sentidos, todos eles, parttindo a cada momento em várias direcções.
A arte não é feita destas curvas
súbitas, mas o amor não em medida, por isso é que o outro dizuia que
«todas as cartas de amor são ruidículas». Gostei de carregar na cruzinha e descobrir um belo exemplo de como o kitch se oparece com as cartas de amor. A Daniela já chegou à superfície, EMERGIU.
Em maiúsculas, como você grita ao modo de quem se «desvê»
Saudações
ocha de Sousa

Carla said...

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..********,,,Feliz Natal,,,********
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