Tuesday, April 03, 2007

DISSECANDO A POESIA, TENTANDO
SINTONIZAR O CANAL CERTO.















Decorrido algum tempo, depois de fazer um zapping existencial, o poeta surgiu com aquilo... aquilo que vulgarmente se classifica de imprevisto...

" Não me disseste tudo da outra vez! "

- Pergunta e responder-te-ei.













" E não queres saber do que se tra
ta? "

- A tua pergunta
Di-lo-á!...

" Pois bem...
Aonde estará aquilo
Que ainda não existe? "



















- EM PLENO NADA.

" Não será isso
Uma manifestação poética? "

- Estou farto de te dizer
Que a poesia é outra coisa!














" Vejamos então:
Literáriamente,
O que é para ti, a poesia? "

- A poesia,
Rígidamente dito:
OBEDECE
A um estilo próprio de enquadramento
Com as coisas:
Ou sentimento individual,
Que a caracteriza particularmente:
Para cá do estilo lírico de qualquer poeta.












Porém,
Tudo quanto estiver relacionado
Com o meu estilo:
NÃO É DE FORMA ALGUMA POESIA...














Mas também é verdade,
Que ela se encontra nele
Mais do que noutro lado.

" Desconstróis-me...
Isso que afirmas é um paradoxo!... "



















- Escuta, poeta:

Devo também dizer-te,
Que podemos encontrar facilmente
Num livro de prosa,
Determinada passagem
Aonde se verifica a existência de poesia,
Ou seja:














( Excerto do livro: " A CULPA DE DEUS "-
- de: João Rocha de Sousa )


Um lirismo peculiar em certos
Filosófos ou outros escritores,
Durante algumas fases dos seus livros.



















Por consequência, nesta perspectiva,
Há por tendência inevitável,

E no caso a que me refiro:
UMA DADA LEVIANDADE
Sob uma perspectiva musical.














Metafóricamente: a parte melódi
ca,
Na maneira de tratar um assunto,
É normalmente muito peculiar nos poetas...
Contudo: é fundamental,
QUE EXISTA EQUILÍBRIO.

" Na música, também é assim? "



















- De facto!

Aí, ou em qualquer outra
MANIFESTAÇÃO DE ARTE
Também encontrarás poesia...














E tudo isto, sem contudo haver
Qualquer referência obrigatória
A uma simples flôr ou borboleta...



















A poesia, portanto:
ESTÁ MUITO PARA CÁ DESTAS CRIATURAS!

" Não percebo... "

- Espera, ainda não terminei...
Mais para cá ainda,
Há outro pormenor a salientar:
SOMENTE ALGUNS PÔR-DO-SOL CONTÉM POESIA:














Tudo dependerá infalívelmente
Da maneira como a coisa r exposta ou vista.

" Fiquei sem saber o que é a poesia! "

- Meu caro poeta:
A poesia,
É justamente aquele equilíbrio
Que muito naturalmente
Nos leva ao belo...



















É APENAS ISSO
Senão a maneira harmónica
DE DIZER OU VÊR A COISA.




















( Foto de: Daniela Rocha )


E no entanto chamam poesia
A uma forma literária de escrever!...

" Não faltará nada aí? "

- Lê nas entrelinhas, se fores capaz...















" Em face de tudo o que ouvi,
Que diabo de coisa sou eu?...
Acho melhor
Voltarmos ao assunto anterior...
Dizias tu,
Que aquilo que ainda não existe
Se encontra em pleno nada?...
Como posso aceitar isso? "

- Antes de mais,
TU O AFIRMAS
Ao pronunciares esse " ainda "...
É indiscutívelmente uma realidade oculta,
Ultrapassando a casa do possível...



















Mas observemos:
ÁQUILO
Que ainda não existe,
Faltamos nós
Para lhe darmos sentido...














Quero dizer:
Para que a Coisa
Possa ter significado fora de si.

" Queres dizer
Que aquilo que ainda não existe,
Existe já dentro de nós? "



















- EM NOSSA

SUA INEXISTÊNCIA...
É evidente:
Existe já em sua forma
DE SER-NÃO-SER.

" Ser-não-ser!? "



















- Claro!

Isto é mais um palavrão...
Este " ser-não-ser ",
Só pela sua aparência
É QUE NÃO É!

" Inexistência... "



















- Inexistência,

É em princípio:
PALAVRA SEM SENTIDO...

" E mais concretamente? "

- É outra coisa
Para cá daquilo que te parece ser.



















" Não compreendi muito bem. "


- A verdade
É QUE NÃO EXISTEM OLHOS
EM NOSSOS OLHOS...














" É incrível!... "


- Pois é...

" Mas, onde se situará
Aquilo que aparentemente não existe? "

- Tentando comprimir esta dissertação:
Essa inexistência
ESTARÁ ENTRE MIM
















E aquilo a que me referir

COMO QUASE AUSÊNCIA...

" Mesmo assim,
É díficil de compreender! "

- Presta atenção:
Consequentemente,
AQUILO
Naquilo que ainda não existe...


















Quero dizer:

O SER
E O NÃO SER
SERÃO EQUIVALENTES AO DEIXAR DE SER!



















" Então,

Deixar de ser
É ainda ser? "

- PASSARÁ A SER
O QUE JÁ NÃO É!...

" Claro! É como tu sempre dizes:
A COISA NÃO PODE DEIXAR DE SER! "










- Exactamente!...

Como o meu pai dizia:
Á porta do absurdo
TUDO BATERÁ CERTO...

" O que me contas
Está fora do meu alcance... "










- Tal verdade,

Parece não estar ao teu alcance...
Mas verás que a tua insuficiência,
É temporária...













Correspondente
Á NUVEM QUE ENCOBRE O SOL.

" Muito bem...então,

Vou aguardar que o tempo melhore... "

( Um tema: " A DELICATE BALANCE"-
- Versão de: Marian McPartland )


Bom-fim-semana!
Com o desejo de um bom " PESSACH " , ou PÁSCOA: porque, independentemente da religião, é sempre bom RENASCER...como quem espera uma nova oportunidade...de VIDA!

Que o Sol
brilhe para todos, anunciando uma transição para algo melhor!


Pain-Killer

5 comments:

naturalissima said...

Miguelamormeu

Com esta "dissecagem" poetica, fiquei com pena do nosso conhecido poeta! Coitado leva tempo a alcançar a compreenção do ser-não-ser, o existencialismo, a vida... Como é possível ser poeta assim? Heheheheheh... Oh poeta meu, adoro-te e tenho um sentimento por ti muito especial... um carinho que só nós dois é que sabemos ;).

Miguel, como sabes, não estou num momento de garnde disponibilidade para comentar filosofica e poeticamente este maravilhoso (o que se vai juntar aos teus melhores posts).

Espero por ti no lugar de sempre e à hora combinada para continuarmos a amarmo-nos...

Um beijinho ternurento para ti e para o poeta ;)...

Tua sempre
Daniela

naturalissima said...

Se somos e quase deixamos de ser, mas estamos aqui, ali e sentimo-nos, e vivemos, e compreendemos a vida, e se procuramos sempre repostas a tantas questões que colocamos e que nos fazem, logo EXISTIMOS... e se existimos, logo a poesia vive em nós e nós na poesia.

Miguel, vejo-te respirar poesia. O teu corpo, o teu olhar, cada gesto teu, desenha um poema...

fiquei muito feliz com este teu post.
até já amor meu
beijo-te
Daniela

Carla said...

Passei por aki e deixo votos de uma boa semana.
Beijos

Talk Talk said...

Master Copa:

Boa semana para ti e um grande abraço.

Carla said...

As tuas palavras preenchem o ser...
Beijokas........

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