Wednesday, February 07, 2007

NA MINHA CIDADE
E DE VOLTA Á AUSÊNCIA.
















Este silêncio...esta coisa ausente, deve ter sido algo mais do que uma simples passagem pelo sono...agora, neste silêncio quase impensável, neste existir fora de mim, sinto-me vazio...

" Lá vens tu...
Que silêncio é esse? "














- Este silêncio

É O CORPO DA AUSÊNCIA...

" E de onde vem? "

- Do seu corpo!



















PORQUE NÃO ESTÁ AQUI...


" Compreendo... "

- Há pouco,
Aquele sussurrar
AQUELE MURMÚRIO...














Era a voz do amor

SEGREDANDO-ME
Toda esta transcendência
Em que estou ainda...

" Sentes-te só
Na sua ausência? "



















- Sim...
Mas paralelamente a isso,
Senti que esta solidão era o local
Em que tudo está ainda reunido...
Era daí que vinha
Tudo aquilo em que pensava...

" Saudade?... "














( Foto de: Daniela Rocha )

- Sim.

Porque a saudade
É FRUTO GERADO
PELO AMOR QUE ELA ME DÁ.














" É curioso...

Parece não vir de ti
Aquilo que ouço!... "

- Neste instante,
Sinto uma certa dificuldade
Em encontrar as palavras exactas...











" Fazes-me rir...

Logo tu que tens sempre
Uma palavra para tudo!... "

- Pois...
Mas o que sinto por ela














É MAIOR QUE TUDO.


" Isso é um cliché... "

- É verdade...
Não existem palavras exactas
Para definir um sentimento assim.



















Mesmo este hoje

Continua a soar-me a falso!...

" Desconfias de tudo! "

- Ouve, poeta!...
Este hoje,
É coisa posta na ausência...















Enquanto esta insuficiência
É UMA OUTRA COISA.

" Sem côr? "

- Inexpressiva!...
Mas não...
TAMBÉM NÃO!...
Não há dias sem côr,
E o inexpressivo não existe!...



















" Estás de mau-humor! "


- CLARO QUE ESTOU!
Abomino aqueles que

FICAM PELAS APARÊNCIAS.



















( Foto de: Daniela Rocha )

E depois, não é só isso...

Não vês que é tudo
APROXIMAÇÃO Á VERDADE!?...

" Mas qual verdade!? "

- Pobre poeta!...
NÃO HÁ VERDADE...
Não vês
QUE TUDO É POR INSTANTES?














TUDO VAI SENDO

DA FORMA QUE NÃO É...

" És louco!...
Não sabes o que dizes,
Entras constantemente
Por labirintos..."















- Pelo contrário, poeta...

Sei bem o que digo...
E PORQUE O DIGO.

" E então? "

- Em outra altura...
Agora vou amar



















Outra vez
.

( Um tema: " LOVE THEME "-
Michel Camilo/Tomatito )

Amo-te, Danishe...e por muito vazio que me sinta aqui no Porto, jamais me sentirei vazio cá dentro de mim...porque a tua presença não é simplesmente física.



















( Foto de: Daniela Rocha )

NAKURANDZA YINTAMO, PEIXINHO!


Boa-semana a todos!

Pain-Killer

4 comments:

naturalissima said...

Porque levei a vida a andar em labirintos, perdendo-me vezes sem conta, hoje sei que sigo, o caminho certo, de mãos dadas, contigo...

Miguel, sinto o teu amor, mesmo em silêncio,... Na ausência sempre preenchida por lembranças vividas de paixão intensa, lágrimas de amor, gargalhadas intimistas, passeios de felicidade, momentos surpreendentes... saudades que nos estimulam a um reencontro renovado, saudável e único.

Aqui em Lisboa, espero-te sempre nos dias combinados, à mesma hora, no mesmo lugar, com a mesma paixão, com a vontade de te amar cada vez mais...

NAKURANDZA YINTAMO, MIGUEL
sempre tua Danishe


P.S:
Tenho um desejo para todos aqueles que passam por aqui:
Que vivam o amor...
ele é bom
ele é saudável
ele ajuda-nos a crescer melhor como seres humanos.
Uma boa semana

jawaa said...

Tenho andado um pouco «sem rede», mas quando a recupero, venho aqui ver o que o amor produz.
É reconfortante encontrá-lo assim engalanado e fogoso, em festa partilhada.
Como ainda sou da «velha guarda», penso que este amor bonito merecia ser editado em livro!

É verdade tudo o que dizes, Daniela, e a prova está em que não esqueces os outros, dentro da tua felicidade.

Rocha de Sousa said...

Este universo visual, para além dos
sinuosos diálogos da paixão, como se falassem online duas personagens
fo Flash Gordon, de mundo em mundo,
entre esferas que fecundam dentro da sua gelatina amniótica,são parte
de um novo imaginário. A Jawaa vem visitá-los, quer aprender, enquanto
há vida os miolinhos de bolo comem-
se todos. Já disse à Jawaa que todo
o tempo é tempo e qu só os cófogos
variam, não os clichés. Há aqui uma Ana que sabe destas coisas, faz
montanhismo, é gira, conversou co-
migo: mas isso não cansa?,perguntei
-lhe. «Claro que sim, mas excita muito mais». Volto em breve, disse,
acenando ao seu corpo cheriando a
mato.
E esta do amor nos fazer crescer como seres humanos? Então havia de
ser como? Olha Jawwaa: eles estão cada vez mais siameses, mas nesse
belo caso de osmose não é preciso
chamar os serviços do Dr. Gentil
Martins. Ele não sei bem, mas ela
cresce cada vez mais como artista.
Viste a contradição e a compementa-
ridade das fotos «A Árvore e o Tempo.
Um aceno amigo, mesmo e silênco...
João Manuel

jawaa said...

Não sei bem se a mgm de Rocha de Sousa é totalmente dirigida a mim, dado que não descodifico uma parte dela, nomeadamente a que se refere a uma conversa com Ana.
Utilizando um espaço que me parece menos próprio - por tal me perdoe Capa Rota - parece que aos artistas plásticos são permitidas grandes liberdades...
Quem se expõe num blog deve sujeitar-se às regras, é o preço da vaidade de o apresentar ao mundo.
Quanto às migalhas, são o melhor do bolo, visto de qualquer dos lados: a quem coube uma fatia e não teve indigestão saboreia os restos e o que é doce nunca amargou; quem não teve direito à fatia imagina -sempre em alta - o que terá sido o bolo..