Sunday, February 07, 2010


FALSA LIBERDADE



Quando me lembro das pessoas, apercebo-me de que o melhor que têm é aquilo que não conheço nelas. Mas, ao fazê-lo, é inevitável lembrar-me de mim.

" Afinal, de que te queixas? "

















-Devo confessar,
Que não tenho feito outra coisa
Senão preencher
O tempo da minha existência
Obedecendo a uma razão...

" Qual razão? "














- Fazer justamente aquilo
Que os outros determinaram
Indirectamente,
Pelo medo que sinto
De não ser aceite.


















É isso mesmo!...
E queres saber?
Sempre que esta sensação se manifesta,
É porque lancei outra pedra
Em cima do meu hippie!...















Em seguida, o poeta afasta-se...levando consigo fortes razões para acreditar que neste momento, deve existir em certo local, uma flor quase morta, cujo perfume fora a sua libertação.

(Um tema: "A PILLOW OF WINDS"
- Pink Floyd)

Boa semana!

Pain-Killer

2 comments:

Sentado no Fim de uma Âncora said...

Por vezes por aqui passo e gosto do que vejo, particularmente deste texto que aqui surge.

Rocha de Sousa said...

Eis um pequeno exercício de procura
de si mesmo: o desconhecimento dos
outros abre, no conhecer, um cami- nho para nós mesmos. Mas a diferen-
ça não é tão fácil de alcançar.Por-
que as forças exógenas atam-nos de
mãos e pés e obrigam-nos a fazer o
que elas querem.Por isso é que al-
guns falam na solidão, nos benefí-
cios de se estar só, vendo e conhe-
cendo os outros na medida de certa
distância.