Wednesday, July 12, 2006

" SORRISOS ABSTRACTOS "
















Sorrisos abstractos

Murmuram preces surdas...
E os sinos
Continuam a tocar
Dentro de mim.

Sei que morri...
Enquanto que meu corpo
Segue indiferente
O destino da cidade.

Sei que morri...
E sei que sou alguém
Vivendo para os outros,
Alguém que já não vive
Morrendo para si próprio.

Amanhã
Será de novo hoje
Porque morri.
E sei porque morri...
Porque a transcendência
De estar vivo
Me fez morto...



















Como quem soube

O paradoxo da verdade
Em que nasceu.

Pain-Killer

4 comments:

naturalissima said...

Morremos todos os dias para todos os dias voltarmos a nascer. Nascer com um novo sorriso, com um novo amor, com uma nova VIDA!

Um beijinho especial para ti.
Daniela

just me, an ordinary girl said...

Pode ser que tenha morrido apenas alguma parte menos boa...
:-))
(eu a tentar brincar ctg)

Gostei muito do poema, dentro de mim tocam mais campainhas.
:-)
(outro sorriso, para ti)

um beijooooooo

Vanda said...

Fui ao blog da naturalissima mas não enontrei o Juka...

De qualquer forma a partir do momento que me deste a ler as tuas palavras, faço parte da corrente e de nada mais preciso!

O meu pensamento positivo está nele!


Beijinho

Van

José Leite said...

A vida e a morte são altamente subjectivas! Quantos se julgam bem vivos e já morreram, pelo menos para alguns de nós...