Sunday, June 07, 2009


A EQUIVALÊNCIA

DUMA INSÓNIA CONSECUTIVA















" Estás a dormir? "

- Não.

" Não passas disso!...
Essa maneira consecutiva de ser
Já é normal em ti! "

- Consecutiva!?

Poeta!...

Tudo aquilo que é consecutivo

Ultrapassa o normal.


















Presta atenção:

Ser consecutivo

Tem a equivalência de um todo.

E aquilo
Que consideramos ser normal,

É compreendido
Como sendo um conceito que corresponde,
Não a um todo,
Mas à sua maior parte...












No entanto, convém não esqueceres:
Qualquer menor parte
Por mais pequena que seja,
Tem também a sua maior parte.
















Quero dizer:

Um todo
Não é todo em si mesmo.
Por conseguinte,
A equivalência não é consecutiva!...












"Conclusão" dirás tu... mas vais ouvir:
A maior parte das pessoas

São consideradas normais,

Mas se todas elas fossem equilibradas,

A humanidade seria perfeita nesse sentido?...














" Vê se dormes!... "


( Um tema: " CRYSTAL SILENCE " -
- Chick Corea )

Boa semana!


Pain-Killer

2 comments:

naturalissima said...

-Acordaste-me com essa pergunta!
Mas é claro que a humanidade jamais será perfeita.
É isto o equilibrio da inperfeição?

Vou dormir sim. Amanhã quero acordar fresca e leve. Com novas ideias. Tenho esperança que não seja tarde de mais.

Beijo-te com amor
dani

Rocha de Sousa said...

O poeta continua no limbo, raro, patético, procurando, como um deus,
usurpar a consciência alheia. Uma dinâmina consecutiva não tem equivalência na dimensão substanti-va do homem,nem mesmo no Universo, cuja observação mostra memórias divergentes, em expansão não consecutiva ou irradiante e picada de acidentes.
A tese é, mais uma vez, um curioso
paradoxo.Nunca sabemos o todo (con-
secutividade) mas apenas a parte,e por vezes uma parte de nós mesmos.
Consecutivo será, conceptualmente,
o mesmo que infinito, passos para
sempre no domínio do ontológico.
Efectivamente, nós só conhecemos a
parte (ou partes) de algo que nos
transcende em todas as dimensões, algo que nos deixa reféns do absur-
do da existência, a distorção de tudo o que vemos, em pequenos pas-
sos ou à velocidade da luz. Somos apenas 1 segundo (350.000 k/s) e
tudo o que passa perto de nós a essa velocidade não é visível.
A perfeição, por outro lado, não é consecutiva nem equivalente a nada.
Vive nas formações do inconsciente
e do consciente, no quadro do su-
bjectivo, do inapreciável, ideia suspensa das particulares criações
humanas. O próprio Deus, criado pe-
lo homem, tem poderes absurdos exercidos contraditoriamente. Só Deus, se existisse, poderia assumir
criações equivalentes e consecuti-
vas.Mas sem erros nem desastres principais, o que não é o caso.
Deus só pode ser humano, relativo
e não consecutivo.