" BLUE IN GREEN "
A gaivota, o mar e o silêncio diluem-se num suspiro ardente, enquanto o meu desejo está ainda em seu profundo olhar...
Reparei em seguida, que entre a minha presença e a sua ausência, o inevitável me fascinava.
Pouco depois, descontraído, sentei-me na areia humedecida pela maré...
" O inevitável!? "
- O INEVITÁVEL
É o lado irracional da minha natureza...
O que é preciso é concentrar-me:
OUVIR O ANIMAL CÁ DENTRO...
Sentir o seu respirar
Para cá dos limites do instantâneo
E sobretudo aguardar intimamente,
Sem me deixar influenciar demasiado
Pelos meus conhecimentos.
" E que animal é esse? "
- AQUELE
Que nem sempre obedece ao cérebro!...
" Mas o que pretendes com isso? "
- Conhecer em pormenor o meu instinto...
E tudo quanto interpretar
Que seja conseguido fora do âmbito
Daquilo que sei antecipadamente,
E que não seja nunca somente equivalência...
" Vê-se que tentas impôr-te aos factos... "
- É a própria natureza do instinto,
Ou porque algo em mim
INSTINTIVAMENTE
Tende para o nada...
É pois urgente captar o efeito
Que daí advém.
É claro que o meu objectivo
Sempre que se me deparam tais situações,
É tentar conciliar a idéia com a lógica
De qualquer verdade distante,
Abismal...
" Outra vez a lógica...? "
- Pois... é melhor passar á frente!...
" E o teu AMIGO...?
Ainda te lembras dele?... "
- Ás vezes...
" Diz-me o que pensas dele!... "
- Para quê?...
" É um homem vulgar? "
VISTO POR FORA
Talvez...
Mas completamente estranho
PARA DENTRO DO OLHAR...
" Isso é uma utopia... "
- Tens razão...
Porém,
Sinto que já não o conheço...
( Bom-fim-semana! )
Um album excepcional: " KIND OF BLUE " de Miles Davis,
Thank you, my utopic friend...
Pain-Killer
Friday, July 28, 2006
Tuesday, July 25, 2006
" OS COMEDORES DE BATATAS "
" Está calor... "
- É próprio!...
" Adoro este ambiente... "
- Sim... é repousante...
" Aonde estão os poetas?... "
- Quais?...
" Os verdadeiros!... "
- Não há poetas verdadeiros...
" Nem fingidores? "
- Também não!...
" Então, como pensas que são os poetas?... "
- São como as crianças:
MATAM A SORRIR
Como alguém disse...
" Gostei!...
É bem visto... "
- Mudemos de assunto!
Vem! Anda vêr!...
Toda esta dimensão de côr
É o limite máximo da minha identidade,
Ou a mínima possibilidade
Em saber quem sou.
" Divagas... "
- De forma alguma...
Olha para ali!...
Aquela côr intangível,
Distante... fria...
É A CÔR DA MINHA DÚVIDA...
" A dúvida tem côr?... "
- TUDO É CÔR!...
Enquanto aquilo que não constitui surpresa,
Se torna NO MAIS CLARO POSSÍVEL,
E isso não me agrada.
A partir desta referência, ou antes:
Para cá deste breve pensamento,
A ETERNIDADE E A PUREZA...
" Não percebo! "
- Talvez eu queira dizer,
Que inconscientemente
Pretendo a decomposição
Desta minha condição humana...
" É mesmo? "
- Ou pelo menos
ALTERAR
A velha maneira de vêr o mundo:
De não aceitar nunca
Essa vulgaridade de coisas
Que me ensinaram desde criança...
Por isso sei,
QUE TODA A RESPONSABILIDADE É CONVENCIONAL!
Ou porque tudo terminará,
Desde o momento em que se concluir
Ter-se todo o direito de acreditar
NAQUILO que se achar mais conveniente.
" Sim... é lógico!... "
- Mas, poeta... isto em mim, ou seja:
ESTA EXPRESSÃO
Nada tem que vêr com a lógica!...
" Lógica... "
- Lógica!?... deixa-me rir...
A LÓGICA É UMA BATATA!
Se a Eva tivesse mordido uma
Ao invés da maçã,
SERÍAMOS TODOS TUBERCULOSOS...!
Pain-Killer
" Está calor... "
- É próprio!...
" Adoro este ambiente... "
- Sim... é repousante...
" Aonde estão os poetas?... "
- Quais?...
" Os verdadeiros!... "
- Não há poetas verdadeiros...
" Nem fingidores? "
- Também não!...
" Então, como pensas que são os poetas?... "
- São como as crianças:
MATAM A SORRIR
Como alguém disse...
" Gostei!...
É bem visto... "
- Mudemos de assunto!
Vem! Anda vêr!...
Toda esta dimensão de côr
É o limite máximo da minha identidade,
Ou a mínima possibilidade
Em saber quem sou.
" Divagas... "
- De forma alguma...
Olha para ali!...
Aquela côr intangível,
Distante... fria...
É A CÔR DA MINHA DÚVIDA...
" A dúvida tem côr?... "
- TUDO É CÔR!...
Enquanto aquilo que não constitui surpresa,
Se torna NO MAIS CLARO POSSÍVEL,
E isso não me agrada.
A partir desta referência, ou antes:
Para cá deste breve pensamento,
A ETERNIDADE E A PUREZA...
" Não percebo! "
- Talvez eu queira dizer,
Que inconscientemente
Pretendo a decomposição
Desta minha condição humana...
" É mesmo? "
- Ou pelo menos
ALTERAR
A velha maneira de vêr o mundo:
De não aceitar nunca
Essa vulgaridade de coisas
Que me ensinaram desde criança...
Por isso sei,
QUE TODA A RESPONSABILIDADE É CONVENCIONAL!
Ou porque tudo terminará,
Desde o momento em que se concluir
Ter-se todo o direito de acreditar
NAQUILO que se achar mais conveniente.
" Sim... é lógico!... "
- Mas, poeta... isto em mim, ou seja:
ESTA EXPRESSÃO
Nada tem que vêr com a lógica!...
" Lógica... "
- Lógica!?... deixa-me rir...
A LÓGICA É UMA BATATA!
Se a Eva tivesse mordido uma
Ao invés da maçã,
SERÍAMOS TODOS TUBERCULOSOS...!
Pain-Killer
Monday, July 24, 2006
" A DAY IN LIFE... "
Bastou que ela aparecesse para que os dias recomeçassem a nascer numa sequência perfeita, numérica. A coisa alterara-se...
" Um, dois, três, quatro... "
- Cala-te!...
Não sejas parvo.
" Eh!Eh!Eh!...
Não te esquives... "
- Acabemos com isto!...
" Com isto, como?
Desistir dela?... "
- Refiro-me ao cinismo das tuas intervenções!...
Como viste, anotei apenas certos factos,
E sem desistir dela
Sinto que já faço uma vida normal,
Calma...
Digo isto,
Em relação a preocupações anteriores,
Consideradas como traumas...
Por consequência, esperarei que fiques
Em idênticas circunstâncias.
" Que vamos fazer agora?... "
- Vamos até á Foz.
" Boa idéia!... "
Logo que chegamos, o poeta esboçou um sorriso de tranquilidade. Qualquer coisa como água cristalina manifestando de forma clara, uma sensação perfeita de vazio em sua transparência. Mais tarde na praia, ele não esperava vêr aquela gente toda.
Na verdade, a época balnear havia começado sem que nos tivessemos apercebido...
E só agora reparo: eu disse " praia "... noutras circunstâncias teria dito: " EM PLENA AREIA... "
Em face das circunstâncias locais, o poeta calara-se. Seguidamente, espraiou o olhar duma ponta a outra, deparando-se com todas aquelas cores berrantes, variadas. Enfim... toda aquela gente ali exposta, quase amontoada, permanecia como se viesse para se abrigar de alguma coisa, esperando não sei o quê...
Contudo, á medida em que a maré vazava, ele pôde vêr que o areal crescia lentamente, adquirindo um outro espaço. As pessoas por sua vez, estendiam-se num ambiente mais amplo, sensivelmente aberto.
A perspectiva era agora outra. Porém, o inesperado, ou seja, aquilo que mais uma vez se pensou ter surgido sem associação, manifestara-se quase dum momento para outro...
" Já viste o horizonte?... "
- Está encoberto...
O nevoeiro aproxima-se.
" Pode ser que não passe dali!... "
- Daqui a pouco, a praia ficará deserta...
" Pode ser que não... "
- Ficarás pra vêr.
" É engraçado...
Como tudo se interliga...
Lembras-te daquela manhã?...
Não havia uma única pessoa,
Somente as patas das gaivotas
Deixaram marcas
Na pureza da areia humedecida,
Revelando que já antes o areal
Estava deserto... "
- Porque não dizes o resto?
" O quê, por exemplo?... "
- O que daria eu
Para que me aceitassem
Naquele momento entre elas...
" Ah!... Afinal lembras-te... "
- Mas pensaste, ou não?
" Sim, pensei... "
- Está a ficar desagradável!...
" É deste nevoeiro...
Bem dizias tu!... "
Com efeito, o nevoeiro invadira grande parte do areal. As barracas, em dada altura ficaram esboçadas num azul acinzentado. Era assim uma coisa tendendo para desaparecer, ou antes, tanto para uma coisa como para outra: tal como certas pessoas ao vestirem-se sentadas na areia, darem a sensação imediata de se despirem. Eram vultos fugidios, á mistura com breves vozes, soltas, distantes. De vez em quando, uma ou outra aberta descobria uma superfície liquida, brilhante, na qual pequenas luzes cintilantes ondulavam fora do tempo, determinando a maré quase oculta e silenciosa. Mais para cá, a estátua do " homem-do-leme ", vergada sobre si própria, assinalava uma ausência...
De súbito, um pequeno clarão rompeu a neblina. O Sol reaparecera, alegrando por instantes o espectro da praia. Alguns rochedos, como se estivessem adormecidos, despertaram de novo a sua presença visual. Nas águas calmas, havia um brilho extenso, repousante, mas o nevoeiro não cessara... tinha vindo para ficar.
Passado algum tempo, como aliás se previa,
a praia ficara deserta.
Mas em compensação, na paragem do metro havia Sol.
Pain-Killer
Bastou que ela aparecesse para que os dias recomeçassem a nascer numa sequência perfeita, numérica. A coisa alterara-se...
" Um, dois, três, quatro... "
- Cala-te!...
Não sejas parvo.
" Eh!Eh!Eh!...
Não te esquives... "
- Acabemos com isto!...
" Com isto, como?
Desistir dela?... "
- Refiro-me ao cinismo das tuas intervenções!...
Como viste, anotei apenas certos factos,
E sem desistir dela
Sinto que já faço uma vida normal,
Calma...
Digo isto,
Em relação a preocupações anteriores,
Consideradas como traumas...
Por consequência, esperarei que fiques
Em idênticas circunstâncias.
" Que vamos fazer agora?... "
- Vamos até á Foz.
" Boa idéia!... "
Logo que chegamos, o poeta esboçou um sorriso de tranquilidade. Qualquer coisa como água cristalina manifestando de forma clara, uma sensação perfeita de vazio em sua transparência. Mais tarde na praia, ele não esperava vêr aquela gente toda.
Na verdade, a época balnear havia começado sem que nos tivessemos apercebido...
E só agora reparo: eu disse " praia "... noutras circunstâncias teria dito: " EM PLENA AREIA... "
Em face das circunstâncias locais, o poeta calara-se. Seguidamente, espraiou o olhar duma ponta a outra, deparando-se com todas aquelas cores berrantes, variadas. Enfim... toda aquela gente ali exposta, quase amontoada, permanecia como se viesse para se abrigar de alguma coisa, esperando não sei o quê...
Contudo, á medida em que a maré vazava, ele pôde vêr que o areal crescia lentamente, adquirindo um outro espaço. As pessoas por sua vez, estendiam-se num ambiente mais amplo, sensivelmente aberto.
A perspectiva era agora outra. Porém, o inesperado, ou seja, aquilo que mais uma vez se pensou ter surgido sem associação, manifestara-se quase dum momento para outro...
" Já viste o horizonte?... "
- Está encoberto...
O nevoeiro aproxima-se.
" Pode ser que não passe dali!... "
- Daqui a pouco, a praia ficará deserta...
" Pode ser que não... "
- Ficarás pra vêr.
" É engraçado...
Como tudo se interliga...
Lembras-te daquela manhã?...
Não havia uma única pessoa,
Somente as patas das gaivotas
Deixaram marcas
Na pureza da areia humedecida,
Revelando que já antes o areal
Estava deserto... "
- Porque não dizes o resto?
" O quê, por exemplo?... "
- O que daria eu
Para que me aceitassem
Naquele momento entre elas...
" Ah!... Afinal lembras-te... "
- Mas pensaste, ou não?
" Sim, pensei... "
- Está a ficar desagradável!...
" É deste nevoeiro...
Bem dizias tu!... "
Com efeito, o nevoeiro invadira grande parte do areal. As barracas, em dada altura ficaram esboçadas num azul acinzentado. Era assim uma coisa tendendo para desaparecer, ou antes, tanto para uma coisa como para outra: tal como certas pessoas ao vestirem-se sentadas na areia, darem a sensação imediata de se despirem. Eram vultos fugidios, á mistura com breves vozes, soltas, distantes. De vez em quando, uma ou outra aberta descobria uma superfície liquida, brilhante, na qual pequenas luzes cintilantes ondulavam fora do tempo, determinando a maré quase oculta e silenciosa. Mais para cá, a estátua do " homem-do-leme ", vergada sobre si própria, assinalava uma ausência...
De súbito, um pequeno clarão rompeu a neblina. O Sol reaparecera, alegrando por instantes o espectro da praia. Alguns rochedos, como se estivessem adormecidos, despertaram de novo a sua presença visual. Nas águas calmas, havia um brilho extenso, repousante, mas o nevoeiro não cessara... tinha vindo para ficar.
Passado algum tempo, como aliás se previa,
a praia ficara deserta.
Mas em compensação, na paragem do metro havia Sol.
Pain-Killer
Saturday, July 22, 2006
" PALAVRAS A MAIS... "
Se aqui dentro, o meu quarto está dentro de mim, como é que posso estar dentro do meu quarto? Não faz mal, sempre que achar necessário mudarei o sentido ás
coisas, tal como agora o faço com a perspectiva destes móveis.
" Porque sorriste? "
- Pensei que não tinha cigarros...
" Valorizas demasiado o que te faz mal! "
- Poeta!...
Porque razão aqueles livros estão cheios de palavras?...
" Por estarem cheios de coisas!... "
- É só isso que vês?...
" E que mais poderia vêr? "
- Meu caro:
Aqueles livros
TÊM PALAVRAS A MAIS!...
" A mais!?... "
- Esse número de palavras
Não coincide com o número de coisas que lá estão.
" E o que é que elas não dizem? "
- Que as coisas
Já eram coisas
Antes de serem cobertas por palavras.
" Então é porque não passavam de coisas! "
- Perfeito!...
" E para ti, o que dizem as palavras? "
- Várias coisas.
" Várias coisas, como? "
- COISAS DAS PALAVRAS...
" Mas essas coisas das palavras, são também palavras? "
- A palavra
NÃO É PALAVRA ENQUANTO COISA...
" Explica-te duma vez! "
- A palavra antes de ser palavra...
" É SEMPRE PALAVRA! "
- Como!?...
" Bastou que dissesses A PALAVRA,
Ou então referias-te a algo que ainda não existia... "
- Poeta!...
TUDO É SEQUÊNCIA
TUDO VEM DETRÁS...
" O que isso quer dizer? "
- Que o próprio gesto,
Era já uma forma de ser da palavra
No seu estado primário.
" Podemos admitir que o gesto
Se transformasse na palavra? "
- A palavra traduz o gesto,
Ou porque as palavras
SÓ FALAM DE PALAVRAS!...
Daí para cá
Á nossa volta,
As palavras começaram a existir de várias formas.
" Como então? "
- Por exemplo:
Como borboletas,
Reflexos palpitantes.
Ou ainda como uma flôr espetada no silêncio...
" Espetada no silêncio!? "
- NISSO ESTÁ O SILÊNCIO.
E o segredo
NO SILÊNCIO DA FLÔR.
" E a palavra em si? "
- A palavra em si, como já disse:
É também coisa,
ESTRUTURA
RELAÇÃO...
" E em relação á sua representatividade? "
- Será ou não articulada.
Quero dizer: terá ou não sentido.
" Subentendo que a palavra
Assume o seu corpo irresponsável! "
- Melhor dirias:
DETERMINADO...
Assumindo de certa maneira,
Perspectiva e forma
Peso e dimensão...
" Exemplifica! "
- No caso do seixo,
É DE PEDRA.
" E em relação áquela mosca? "
- A PALAVRA VOA...
" Quando falas assim adoro-te. "
( Bom-fim-semana! )
Pain-Killer
Se aqui dentro, o meu quarto está dentro de mim, como é que posso estar dentro do meu quarto? Não faz mal, sempre que achar necessário mudarei o sentido ás
coisas, tal como agora o faço com a perspectiva destes móveis.
" Porque sorriste? "
- Pensei que não tinha cigarros...
" Valorizas demasiado o que te faz mal! "
- Poeta!...
Porque razão aqueles livros estão cheios de palavras?...
" Por estarem cheios de coisas!... "
- É só isso que vês?...
" E que mais poderia vêr? "
- Meu caro:
Aqueles livros
TÊM PALAVRAS A MAIS!...
" A mais!?... "
- Esse número de palavras
Não coincide com o número de coisas que lá estão.
" E o que é que elas não dizem? "
- Que as coisas
Já eram coisas
Antes de serem cobertas por palavras.
" Então é porque não passavam de coisas! "
- Perfeito!...
" E para ti, o que dizem as palavras? "
- Várias coisas.
" Várias coisas, como? "
- COISAS DAS PALAVRAS...
" Mas essas coisas das palavras, são também palavras? "
- A palavra
NÃO É PALAVRA ENQUANTO COISA...
" Explica-te duma vez! "
- A palavra antes de ser palavra...
" É SEMPRE PALAVRA! "
- Como!?...
" Bastou que dissesses A PALAVRA,
Ou então referias-te a algo que ainda não existia... "
- Poeta!...
TUDO É SEQUÊNCIA
TUDO VEM DETRÁS...
" O que isso quer dizer? "
- Que o próprio gesto,
Era já uma forma de ser da palavra
No seu estado primário.
" Podemos admitir que o gesto
Se transformasse na palavra? "
- A palavra traduz o gesto,
Ou porque as palavras
SÓ FALAM DE PALAVRAS!...
Daí para cá
Á nossa volta,
As palavras começaram a existir de várias formas.
" Como então? "
- Por exemplo:
Como borboletas,
Reflexos palpitantes.
Ou ainda como uma flôr espetada no silêncio...
" Espetada no silêncio!? "
- NISSO ESTÁ O SILÊNCIO.
E o segredo
NO SILÊNCIO DA FLÔR.
" E a palavra em si? "
- A palavra em si, como já disse:
É também coisa,
ESTRUTURA
RELAÇÃO...
" E em relação á sua representatividade? "
- Será ou não articulada.
Quero dizer: terá ou não sentido.
" Subentendo que a palavra
Assume o seu corpo irresponsável! "
- Melhor dirias:
DETERMINADO...
Assumindo de certa maneira,
Perspectiva e forma
Peso e dimensão...
" Exemplifica! "
- No caso do seixo,
É DE PEDRA.
" E em relação áquela mosca? "
- A PALAVRA VOA...
" Quando falas assim adoro-te. "
( Bom-fim-semana! )
Pain-Killer
Friday, July 21, 2006
" SÓ DEUS SABE... "
" Porque olhas assim? "
- Penso em Deus...
" Em Deus!?... "
- Pressinto que Ele paira ainda
No fundo...
" No lago? "
- Para cá dos teus sonhos
Sem distância possível...
" Como é Deus para ti? "
- É
E NÃO É!...
" Não entendo. "
- Este " É "
Quando afirmo que " NÃO É "
Mantém-se invulnerável!...
" E o - Não - ? "
- Nem levemente lhe toca,
O que explica que Deus
" É " sempre...
Só assim O RECONHEÇO
E O ENTENDO
Para cá da circunstância em que me encontro.
" É fácil!... "
- Claro! Nunca foi complicado!...
" Não estarás em erro?!... "
- Em erro?!...
E quem me poderá garantir o contrário?...
Se o tentarem fazer
COMO O FARÃO?...
Que outra linguagem conhecemos
A não ser a nossa?...
" Tens razão... "
- ISSO SÓ DEUS SABE...
" Acho que devemos mudar de assunto... "
- Ou vestir-me?...
" Vê-se que hoje
É um dos tais dias... "
- É uma das tais coisas ACHATADAS,
Momentos próprios...
Melhor direi:
ACONTECIMENTOS ANTECIPADOS.
Pressinto tudo
Quanto encontrarei lá fora...
" E como gostarias que fosse?... "
- Para ser diferente,
Teria de mostrar no rosto das pessoas
Uma outra expressão,
E não aquilo a que me habituei:
Mas o homem
Raras vezes pensa no seu semelhante,
E quando o faz é por sua causa!...
Por este ponto de vista,
Será isto que encontrarei quando saír...
" O Homem... sempre o Homem...
O seu egoísmo é enorme... "
- É uma manifestação vertical!...
" Inflexível? "
- Até certo ponto...
" Escuta...
Estão a bater na porta do quarto! "
- Já ouvi!... é como um telefone
A tocar de maneira diferente...
" Talvez seja Deus... "
- É...
Quem sabe...
( Bom-fim-semana! )
Pain-Killer
" Porque olhas assim? "
- Penso em Deus...
" Em Deus!?... "
- Pressinto que Ele paira ainda
No fundo...
" No lago? "
- Para cá dos teus sonhos
Sem distância possível...
" Como é Deus para ti? "
- É
E NÃO É!...
" Não entendo. "
- Este " É "
Quando afirmo que " NÃO É "
Mantém-se invulnerável!...
" E o - Não - ? "
- Nem levemente lhe toca,
O que explica que Deus
" É " sempre...
Só assim O RECONHEÇO
E O ENTENDO
Para cá da circunstância em que me encontro.
" É fácil!... "
- Claro! Nunca foi complicado!...
" Não estarás em erro?!... "
- Em erro?!...
E quem me poderá garantir o contrário?...
Se o tentarem fazer
COMO O FARÃO?...
Que outra linguagem conhecemos
A não ser a nossa?...
" Tens razão... "
- ISSO SÓ DEUS SABE...
" Acho que devemos mudar de assunto... "
- Ou vestir-me?...
" Vê-se que hoje
É um dos tais dias... "
- É uma das tais coisas ACHATADAS,
Momentos próprios...
Melhor direi:
ACONTECIMENTOS ANTECIPADOS.
Pressinto tudo
Quanto encontrarei lá fora...
" E como gostarias que fosse?... "
- Para ser diferente,
Teria de mostrar no rosto das pessoas
Uma outra expressão,
E não aquilo a que me habituei:
Mas o homem
Raras vezes pensa no seu semelhante,
E quando o faz é por sua causa!...
Por este ponto de vista,
Será isto que encontrarei quando saír...
" O Homem... sempre o Homem...
O seu egoísmo é enorme... "
- É uma manifestação vertical!...
" Inflexível? "
- Até certo ponto...
" Escuta...
Estão a bater na porta do quarto! "
- Já ouvi!... é como um telefone
A tocar de maneira diferente...
" Talvez seja Deus... "
- É...
Quem sabe...
( Bom-fim-semana! )
Pain-Killer
Thursday, July 20, 2006
" SÓ... "
Perturba-me o silêncio cheio de palavras...
- Poeta!...
Que desejas para ti?
" Quero amar... "
- Já o disseste centenas de vezes!...
" Direi sempre que fôr justo! "
- Querer desse modo
É ESTAR PARA CÁ DO PENSAR
Numa ideia fixa
SEM PALAVRAS!...
Devo fazer-te saber ainda
QUE O PENSAMENTO TAMBÉM AMA
Enquanto age...
" Nunca tinha reparado nisso...
E o amor? "
- Isso? Da forma como o sentes
NÃO EXISTE!...
O que existe é um desejo,
Uma vontade infinita
De querer que alguém
Te queira...
Te aceite...
" Amar... "
- Esse querer
É um mal que tens por bem...
" É... por isso Ela não está... "
- Ao mesmo tempo
É PEDIR,
É FRAQUEZA,
PRETEXTO...
É não querer estar só
CONSIGO MESMO...
" Se estivesse realmente só
Estaria perdido? "
- Não! NUNCA ESTARÁS SÓ...
PORQUE ESTÁS EM MIM.
Pain-Killer
Perturba-me o silêncio cheio de palavras...
- Poeta!...
Que desejas para ti?
" Quero amar... "
- Já o disseste centenas de vezes!...
" Direi sempre que fôr justo! "
- Querer desse modo
É ESTAR PARA CÁ DO PENSAR
Numa ideia fixa
SEM PALAVRAS!...
Devo fazer-te saber ainda
QUE O PENSAMENTO TAMBÉM AMA
Enquanto age...
" Nunca tinha reparado nisso...
E o amor? "
- Isso? Da forma como o sentes
NÃO EXISTE!...
O que existe é um desejo,
Uma vontade infinita
De querer que alguém
Te queira...
Te aceite...
" Amar... "
- Esse querer
É um mal que tens por bem...
" É... por isso Ela não está... "
- Ao mesmo tempo
É PEDIR,
É FRAQUEZA,
PRETEXTO...
É não querer estar só
CONSIGO MESMO...
" Se estivesse realmente só
Estaria perdido? "
- Não! NUNCA ESTARÁS SÓ...
PORQUE ESTÁS EM MIM.
Pain-Killer
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