Foco ao longe os primeiros traços da manhã,
E tenho sede...
Sede de colher dos teus lábios o torpor das palavras,
Sede da preguiça com que íamos tecendo a rede
Que ainda hoje nos prende.
Ardem-me os olhos de te ver no vazio dos lençois,
De perseguir a impercisão dos dedos,
Perpassando as paredes,ansiando o halo da pele,
Que tantas vezes estendeu o sol
Nas planícies do desejo...
Tenho sede...!
Insisto em dizer-te,
Mesmo sabendo que não me escutas...
Esfrego a tua imagem no meu peito,
Para que chova,e do jazigo do tempo,
Irrompa,inteiro,todo o o amor que semeamos.
Pain-Killer
2 comments:
Brilhante a forma como "brincas" com as palavras.
Um grande abraço.
Mas se a água que buscas não for já límpida e pura como outrora, porque continuas a ter sede dela? Se é essa mesma a água que precisas para te saciares, então, envida todos os esforços para que ela sinta também sede de ti, para que ela sinta necessidade de te saciar...
É a sede de algo que nos faz querer ser e fazer...
Um Miau Grande para Ti, Copa...
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