Mas que estranho modo,esse de me olhares...
Como se um raio de sol irrompesse a quietude das sombras,
E desse vida ás folhas caídas do Outono.
Tu...Que há tanto tempo sopraste a chama do sentir,
Porque me estendes agora,os braços da manhã?
Não vês que me fere,a insuportável beleza de sonhar?
Ouvidos surdos,palavras vãs,lá vou eu...
Ergo-me do réptil cansaço das questões e bebo,
Dos lábios do horizonte,o traço nítido do céu.
Na verdade,tudo se resume a uma palavra...
Ausência!Guardo-a como a mais fiel companheira,
Até nas noites em que me perco na multidão
E no alarde súbito dos bares.
O seu rebordo é nítido como a chama de um cigarro
Entre dois copos de whisky,e dúbio como o sorriso
Atordoado dum corpo qualquer,que se oferece ao primeiro olhar indiscreto.
Prendo-a nos meus braços e possuo-a pelas paredes do beco mais próximo.
Regresso a casa para o sono habitual e estendo-a na cama a meu lado...
Não há cenas de cíume nem perguntas pertinentemente idiotas.
Não há nada...
Apenas e só,o barulho da ausência,que me impede de dormir.
Pain-Killer
3 comments:
Vejo que já internacionalizaste o blog (O All the Best parece entusiasmado!!)
Agora a sério... o poema está excelente, deu-me imenso gozo ler cada frase, cada palavra.
Um abraço.
Tenho tido pouco tempo para visitar os blogs k gosto...mas deixa-me dizer-te k é sempre bom vir aki :)
Beijinhos
Essas Palavras Vãs que nos invadem, percorrem-nos o corpo e matam-nos o olhar.
Adoro vir aqui (embora com pouco tempo para visitar quem gosto) sempre que posso refugio-me nas palavras de quem “admiro”.
Um abraço, ou melhor abraço um.
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