Saturday, December 31, 2005

" NOVA CIDADE "















Este gosto, estas rajadas de dentro,
Não são nostalgias do paraíso perdido
Nem inclinações idílicas, bucólicas,
Mas sim persistente desejo de origem
No feroz tumulto da criação,
Começo e final nupciais,
Mais fundo ou mais além do imediato.



















Conheço-me, sou do quarto reino,
Levo os três outros dentro,
Sei quando o aguaceiro não dá trégua
Quando estou só e contemplo o mar,
Quando as árvores me olham ondulando...
Meu destino é sair de meu reino,
Até onde ninguém saiba
E até onde tudo É.




A desaparecida casa ressurge inteira,
Em qualquer parte da recordação...
Olho com inveja sua copa,
Penso no milagre de renascer
Depois de cruzar a extinção.




Em algum momento sairá de ti o outro,
Afastar-se-á olhando o horizonte...



A fumaça, os incêndios nas nuvens,
Os tumultos, os foguetes disparados até á noite espacial,
Até ás galáxias,
Sorteando buracos negros,
Guiado por a tua espera...




Até onde ninguém sabe como,
Já fora do Ser...fora do Nada...!
















FELIZ ANO NOVO...FELIZ RENASCER!






Pain-Killer

1 comment:

Talk Talk said...

Realmente a entrada no novo ano dá sempre uma sensação de renascimento, não sei se é apenas um efeito psicologico (ou resultante do excesso de canela nas filhoses, eh eh eh), ou se é algo mais se de facto a mudança de ano encerra um qualquer ciclo astronómico que nos afecta.
Um abraço e bom ano.