Tuesday, July 26, 2005



"Graham Chapman, John Cleese ,Terry Gilliam, Eric Idle ,Terry Jones, Michael Palin "


Vocês já devem ter ouvido falar de alguns dos nomes acima. Alguns deles são renomados actores e directores que continuam na activo até hoje. Mas nunca, repito NUNCA foram capazes de repetir o brilho de outrora, quando fizeram parte do conjunto que revolucionou a arte de fazer rir e deixou sua marca na história. Eles fizeram parte do "Monty Python".
Estavamos em 1969, esse bando de lunáticos foi ao ar pela TV One, a poderosa BBC de Londres, e chocou o público britânico com seus esquetes surrealistas, corrosivos, imprevisíveis, anárquicos, entre tantos outros adjetivos. Eles foram até onde nenhum outro humorista foi. Ultrapassaram a fronteira final do "non-sense". Piadas saíam do nada sem explicação, com situações totalmente esdrúxulas, que muitas vezes faziam o público de idiota. Tratavam de assuntos delicados (drogas, homossexualismo, racismo) com a subtileza de um elefante numa loja de cristais. Detonavam e brincavam com as celebridades inglesas e mundiais (no programa, fizeram Pablo Picasso pintar um quadro andando de bicicleta), subvertiam costumes, fundamentos filosóficos e religiosos com as mais absurdas idéias. Tinham também seus "sketchs" mais discretos, mas incomparáveis com o atropelo de gags e insanidades que dominavam seus shows e filmes.
Com esse humor devastador e sem respeito algum, o "Monty Python" acabou se encaixando naquela categoria do ame ou odeie. Quem gostava das macaquices do sexteto, gostava até o último fio de cabelo. Quem não apreciava a sua irreverência por vezes ofensiva, odiava até a morte. Existiam também aqueles que não tinham opinião, porque não entendiam bulhufas do que viam.

Um destes dias, entrei num video clube e vi largadas na parte de baixo de uma prateleira, as duas obras-primas do Monty Python ("Cálice Sagrado" e "Vida de Brian"). Fiquei pensando nos jovens que ocupam as filas para assistirem a aberrações ("Todo Mundo em Pânico") e fiquei apavorado com o futuro. Quantas baixarias ainda serão jogadas contra nossos olhos? É esse o futuro das comédias "non-sense" (ou pior, o futuro das comédias)? Não custa nada ousar, colocar um pouco de cérebro na coisa. Temos que ser muito inteligentes para sermos uns perfeitos ótarios. E não um Johnny Knoxville da vida (burn in hell)...!

NÃO SE LUTA SÓ PLA VITÓRIA;QUANDO É INÚTIL É AINDA MAIS BELO!

3 comments:

Talk Talk said...

Depois de ver um "Malucos do Riso" (durante aqueles poucos centesimos de segundo que dura a passagem para outro canal), ou de ver uma moderna comedia romântica cinematografica ao som do mascar de milho frito(as coisas que um tipo faz depois de casado!!!)nada melhor que uma cura de Monty Python.

Miguel Baganha said...

É...ás vezes,um simples "zapping"faz-nos "pensar"...

...como quando nos deparamos com algo realmente belo,e,pensamos:"BATE AQUI COM OS OLHOS COMO QUEM BATE COM A CABEÇA NUMA PEDRA...

Obrigado plo "comment"!

Medusa Azul (Zuli) said...

entrei numa máquina de viajar no tempo e voltei até 2005... para descobrir-te desde o início :)

até agora algumas coisas (geniais!!!) em comum: JAZZ, Monthy Python, mitologia...

...apenas quanto ao quinteto tenho dúvidas ;)