LIBERDADE,
UM UTOPISMO CIVILIZACIONAL
Da manhã anterior à tarde seguinte...nada de especial. Não houve desperdício, e se houvesse não seria no tempo que ele se encontrava.
- A liberdade
Não é o que em geral se pensa.
"Como assim?"
- Vou tentar explicar:
A mulher, por exemplo,
Apregoa aos ventos a sua independência
Como se tivesse naquela mão fechada
A sua liberdade.
Porém,
Sem se ter apercebido
Irá deparar-se com certa independência,
Mas toda a independência é dependente.
Ainda assim,
Ela bem poderá afirmar que existe,
O que está é aprisionada...
"Seja como for,
A independência da mulher é notória."
- Independência?
Sim, em vários casos...
Mas não deixa de ser
Uma independência muito relativa...
Tudo isto é muito discutível.
"Mas a verdade é que a moral
Acabará por vencer!..."
- Como és ingénuo...
Não vês que a independência
Da mulher
Manifesta-se primeiro
Pela força imperiosa
Da necessidade
E nunca
Por uma questão de ordem moral,
Como muita gente poderá ainda pensar?
A moral,
No que lhe toca,
Só mais tarde intervém
Com um fim apropriado
Pela força das circunstâncias.
"E esse humanismo
Pelo qual gritará sempre?"
- Estará por detrás
Daquilo
Que defende sem saber,
E que determinará nela
O que bem entende.
"É justo!...
A mulher é bela...
Divina!"
- Não!...
Também não é pelos lindos olhos
Da liberdade humana;
Porque ela
Servindo-se do amor,
Tem nele
O pretexto para atingir o fim
Que o progresso exige,
Onde a necessidade é mãe...
Contudo,
Não leves muito à letra
Esta expressão atingir o fim,
Evidentemente que este «fim»
É o mesmo que dizer-se:
Serve de momento para continuar...
É uma base.
Por sua vez,
O Homem
Ao comprometer-se com a evolução
Jamais poderá ser livre.
"Então, não há mesmo
Uma forma de ser livre?..."
- Admitindo que sim,
A liberdade
Só poderá acontecer
No momento
Em que já não precisarmos dela.
(Um álbum: "MUSIC INSPIRED BY THE SNOWGOOSE" -
- Camel)
Boa semana!
Pain-Killer
Não é o que em geral se pensa.
"Como assim?"
- Vou tentar explicar:
A mulher, por exemplo,
Apregoa aos ventos a sua independência
Como se tivesse naquela mão fechada
A sua liberdade.
Porém,
Sem se ter apercebido
Irá deparar-se com certa independência,
Mas toda a independência é dependente.
Ainda assim,
Ela bem poderá afirmar que existe,
O que está é aprisionada...
"Seja como for,
A independência da mulher é notória."
- Independência?
Sim, em vários casos...
Mas não deixa de ser
Uma independência muito relativa...
Tudo isto é muito discutível.
"Mas a verdade é que a moral
Acabará por vencer!..."
- Como és ingénuo...
Não vês que a independência
Da mulher
Manifesta-se primeiro
Pela força imperiosa
Da necessidade
E nunca
Por uma questão de ordem moral,
Como muita gente poderá ainda pensar?
A moral,
No que lhe toca,
Só mais tarde intervém
Com um fim apropriado
Pela força das circunstâncias.
"E esse humanismo
Pelo qual gritará sempre?"
- Estará por detrás
Daquilo
Que defende sem saber,
E que determinará nela
O que bem entende.
"É justo!...
A mulher é bela...
Divina!"
- Não!...
Também não é pelos lindos olhos
Da liberdade humana;
Porque ela
Servindo-se do amor,
Tem nele
O pretexto para atingir o fim
Que o progresso exige,
Onde a necessidade é mãe...
Contudo,
Não leves muito à letra
Esta expressão atingir o fim,
Evidentemente que este «fim»
É o mesmo que dizer-se:
Serve de momento para continuar...
É uma base.
Por sua vez,
O Homem
Ao comprometer-se com a evolução
Jamais poderá ser livre.
"Então, não há mesmo
Uma forma de ser livre?..."
- Admitindo que sim,
A liberdade
Só poderá acontecer
No momento
Em que já não precisarmos dela.
(Um álbum: "MUSIC INSPIRED BY THE SNOWGOOSE" -
- Camel)
Boa semana!
Pain-Killer