DANIELA,
MAIS QUE UMA MULHER.
Entre esta gente que passa por mim, uma certeza me fica: manifesta-se claramente aquilo que não se vê: A MODA.
Da mesma forma, o sorriso sincero daquela criança indiana que me olha descontraídamente, através da janela da carruagem da frente...
Ela vive indiferente ao lixo que rodeia o seu mundo...de fantasia?
( Foto de: Daniela Rocha )
- Sinto-te estranho...
O que tens, poeta?
" Tens razão...
Sinto-me assim desde a semana passada. "
- O que se passou?...
" Estive em Paris!... "
( Foto de: Daniela Rocha )
- Tu, em Paris!?...
Não me faças rir...
" Mas é verdade!...
Se não acreditas, pergunta á Dani.
Estivemos juntos durante
Uma semana maravilhosa...
Foi memorável, apaixonante...
Foi...
( Foto de: Daniela Rocha )
O nosso primeiro Tango em Paris. "
- Então, porque estás com essa expressão?...
" Emocionei-me diante daquele espectáculo!...
Talvez o dejá vu tivera influência, não sei..."
- Hum...
A razão deve ser outra...
" Nada disso.
Aquela cidade
Segredava-me alguma coisa,
Mas ainda não sei bem... "
( Foto de: Daniela Rocha )
- Creio que é simples!...
VEJAMOS:
Em princípio, gostaste de a vêr,
Não é verdade?...
" Sim... "
- Talvez algo mais se passou
Depois de a teres visto...
( Foto de: Daniela Rocha )
" É verdade...
Lembrei-me do teu pai falar sobre ela... "
( Foto de: Daniela Rocha )
- CONHECÍA-LA!...
" Ainda que virtualmente...
Mas faltava-me sentir o seu cheiro. "
( Foto de: Daniela Rocha )
- Mas é claro!
Isso equivalia
A UM POUCO MAIS
De a teres sentido pela primeira vez.
Quero dizer:
QUASE SEM LOCAL!...
( Foto de: Daniela Rocha )
" Não percebi nada!... "
- Por outras palavras:
Normalmente o local
É sempre secundário...
" Então, o que terei sentido de concreto? "
( Foto de: Daniela Rocha )
- Penso que
Em teu sentir, Paris chegara
DEPOIS DO LOCAL EM QUE ESTAVA:
Fez-se notar mais depressa
Do que aquilo que era anterior.
" Consideras então,
Que toda a informação anterior não é importante? "
- Não é isso...
Mas considero que existe algo mais importante
Que essas questões metafísicas:
( Foto de: Daniela Rocha)
O AMOR QUE A DANIELA NOS DÁ.
Independentemente da cidade ou local
ONDE ESTAMOS.
" Logo tu,
Que eras indiferente ao amor... "
( Foto de: Daniela Rocha )
- Indiferente não!
Reconheço agora que
NUNCA O TINHA SENTIDO AUTÊNTICAMENTE.
" Pois... eu sabia...
Ela é Ela...
Aquela que sempre sorriu
Dentro de ti. "
- Sim, poeta...
A Dani é mais que uma mulher:
ELA É A MULHER DA MINHA VIDA!
Amo-te, Danishe..." save me a place in the heart of your hearts... "
( Um tema: " LADY OF DREAMS "- Kitaro )
Bom-fim-semana!
( Um peixinho...dos nossos, DANISHE... )
Pain-Killer
Thursday, March 29, 2007
Wednesday, March 14, 2007
" CONVENCIONAL...MENTE "
- Vês, poeta!...
Lá está o imprevisto...
" Imprevisto!?...
O que é para ti, o imprevisto? "
- É sempre aquilo
Que parece vir sem associação,
Ou como dirão os outros:
POR ACASO...
" Pouco importa! "
- Falas assim, porque praticamente
Só vês poesia...
Ou porque o inesperado,
NÃO É AINDA
O esclarecimento do facto
No objecto da emoção inesperada.
" Qual emoção? "
( Foto de: Daniela Rocha )
- Não faças caso...
Tudo se precipita!...
" Que faço aqui? "
- E eu, que faço
Com esta foto
Que aperto na mão?...
" Como veio?... "
- E PORQUÊ?...
" Não sei... "
- É isso!...
Cada coisa, cai redonda
EM SUA MULTIPLICIDADE!
" Cada coisa? "
- Sim...
Cada coisa!...
" Então,
Cada coisa contém em si
Um infinito de significação? "
- Coisa?...
É relativo, dizer-se
COISA...
Mas é evidente:
Sua irrealidade
Absoluta por natureza,
AINDA QUE SEJA LARANJA...
( Foto de: Daniela Rocha )
NÃO É DECIFRÁVEL...
" Não!? "
- Não!
Dela, extraímos
Um pouco de cada coisa,
Duma Coisa só...
Mais exactamente:
Por mera convenção,
Coisa em si
É PARTICULARMENTE NOSSA.
" Estou convencido... "
- Claro que estás, poeta!
CONVENCIONAL...MENTE.
( Um album: " SOL DO MEIO DIA " -
- Egberto Gismonti )
Bom-fim-semana!
Pain-Killer
- Vês, poeta!...
Lá está o imprevisto...
" Imprevisto!?...
O que é para ti, o imprevisto? "
- É sempre aquilo
Que parece vir sem associação,
Ou como dirão os outros:
POR ACASO...
" Pouco importa! "
- Falas assim, porque praticamente
Só vês poesia...
Ou porque o inesperado,
NÃO É AINDA
O esclarecimento do facto
No objecto da emoção inesperada.
" Qual emoção? "
( Foto de: Daniela Rocha )
- Não faças caso...
Tudo se precipita!...
" Que faço aqui? "
- E eu, que faço
Com esta foto
Que aperto na mão?...
" Como veio?... "
- E PORQUÊ?...
" Não sei... "
- É isso!...
Cada coisa, cai redonda
EM SUA MULTIPLICIDADE!
" Cada coisa? "
- Sim...
Cada coisa!...
" Então,
Cada coisa contém em si
Um infinito de significação? "
- Coisa?...
É relativo, dizer-se
COISA...
Mas é evidente:
Sua irrealidade
Absoluta por natureza,
AINDA QUE SEJA LARANJA...
( Foto de: Daniela Rocha )
NÃO É DECIFRÁVEL...
" Não!? "
- Não!
Dela, extraímos
Um pouco de cada coisa,
Duma Coisa só...
Mais exactamente:
Por mera convenção,
Coisa em si
É PARTICULARMENTE NOSSA.
" Estou convencido... "
- Claro que estás, poeta!
CONVENCIONAL...MENTE.
( Um album: " SOL DO MEIO DIA " -
- Egberto Gismonti )
Bom-fim-semana!
Pain-Killer
Tuesday, March 06, 2007
NA DIRECÇÃO DA COISA-MAIS,
TENTANDO FUGIR AO CONVENCIONAL.
- Poeta!...
SEI QUEM ÉS...
" Quem sou? "
- ÉS AO QUE VENS!
E não poderias ser outro,
Excepto o poeta simples
Que cá dentro mora.
" O que pretendemos? "
- Relacionarmo-nos o menos possível
Com a linguagem comum...
Ou com aquilo
Que conhecemos antecipadamente,
E que para cá do mais
É CONVENCIONAL.
" Terá então de haver
Como é óbvio,
Uma certa diferença
Entre essa linguagem e nós. "
( Foto de: Daniela Rocha )
- Essa diferença
Será eventualmente
O que irá prevalecer,
Manifestando-se
Não como um traço de união,
MAS COMO UM CORTE!...
" E conseguiremos? "
- Dependerá de nosso entender,
De nossa ocasião...
Todavia,
Não será fácil
Descolarmo-nos das idéias...
Descolarmo-nos
De confidências intermitentes.
" Intermitentes!? "
- Poderia ter dito
CONFIDÊNCIAS ADIADAS.
" Por conseguinte:
Aquilo que vier
Será mera introdução? "
( Foto de: Daniela Rocha )
- Será
COISA-MAIS!
" Porque estás de mãos nos bolsos?... "
- Ajusto-me melhor...
Mas principiemos:
Eis a rosa!...
Ou antes:
A outra Coisa!...
" Mas qual?...
De que falas?... "
- Ainda não sei bem...
Trata-se dum improviso.
" Tentemos de novo! "
- Eis á rosa...
" Á rosa?!..."
- Áquilo a que chamamos rosa!
Ei-la sem côr,
Sem forma...
" Com aroma?... "
- Nunca!...
" Então com quê? "
- Teremos de aguardar...
" Mas porquê sem aroma? "
- Porque o aroma
Pressupõe imediatamente a rosa.
" Então que raio de Coisa
Tencionas mostrar-me?... "
- O meu rosto autêntico!...
" E como vais consegui-lo? "
- Terei de inventar-me
No ser da rosa,
E TENTAR VÊR-ME...
VÊR-ME
Como se eu fosse ela mesma!...
" És louco!...
O mais que poderias obter,
Seria sentires a tua presença
E nada mais. "
- Nada mais que um pressentimento
Informe?...
Talvez, poeta!
Contudo tentemos...
" Se lhe dermos côr
MENTIREMOS? "
- Se lhe dermos forma,
MENTIREMOS DE NOVO!
Apesar disso,
Vamos chamar-lhe rosa...
" Com que fim? "
- Para sabermos
Que não se trata da rosa!
Libertemos em seguida
Esta ansiedade cosmológica:
Na tentativa de
Encontrarmos a verdade
MENOS EXTENSIVA...
" E que verdade é essa? "
- Será inevitávelmente,
A VERDADE
NÓS-TEMPO...
Ou mais concretamente,
NÓS-ÁQUEM-TEMPO.
" Áquem-tempo?... "
- A verdade
NÓS
ESPAÇO
COISA
E ao descobrirmos
O que está para cá
DO ASPECTO ROSA
( Foto de: Daniela Rocha )
Seremos instante,
OCASIÃO...
Aí, verás o meu rosto.
" É magnífico,
Mas ainda não compreendo bem... "
- Ser ocasião,
É tornarmo-nos verdade com ela.
" Ela, quem?... "
- COISA-NÃO-ROSA...
( Foto de: Daniela Rocha )
É tornarmo-nos complexidade,
ORGANISMO ESPIRITUAL...
" Progresso?... "
- Na percepção
Do instante-coisa a saber.
Então o círculo abrir-se-á
Numa apreensão emergida para nós.
" Tenho medo!... "
- De quê?!...
" De o conseguirmos... "
- Não sejas tolo!
Se O conseguirmos
SEREMOS REGRESSO!...
" Compreensão?... "
- Assim, a verdade
Mostrar-se-á em nosso tempo
NÃO-ASPECTO-ROSA
EU-OUTRO!
" Em nosso tempo!? "
- Exactamente nele.
Entretanto, aquilo que vier
Não terá de forma alguma
A forma duma rosa,
Mas sim
A forma exacta do meu rosto.
" É assim um pouco
Como na pintura abstracta?... "
- Sim...
Há certos pintores que entram nesses caminhos...
" E desse instante para cá?... "
- Todo o resto será alternado.
" Afinal, nada surgiu!... "
- Teremos de o tentar mais vezes.
( Um tema: " LAS VEGAS TANGO " - Gil Evans )
Bom-fim-semana!
Pain-Killer
TENTANDO FUGIR AO CONVENCIONAL.
- Poeta!...
SEI QUEM ÉS...
" Quem sou? "
- ÉS AO QUE VENS!
E não poderias ser outro,
Excepto o poeta simples
Que cá dentro mora.
" O que pretendemos? "
- Relacionarmo-nos o menos possível
Com a linguagem comum...
Ou com aquilo
Que conhecemos antecipadamente,
E que para cá do mais
É CONVENCIONAL.
" Terá então de haver
Como é óbvio,
Uma certa diferença
Entre essa linguagem e nós. "
( Foto de: Daniela Rocha )
- Essa diferença
Será eventualmente
O que irá prevalecer,
Manifestando-se
Não como um traço de união,
MAS COMO UM CORTE!...
" E conseguiremos? "
- Dependerá de nosso entender,
De nossa ocasião...
Todavia,
Não será fácil
Descolarmo-nos das idéias...
Descolarmo-nos
De confidências intermitentes.
" Intermitentes!? "
- Poderia ter dito
CONFIDÊNCIAS ADIADAS.
" Por conseguinte:
Aquilo que vier
Será mera introdução? "
( Foto de: Daniela Rocha )
- Será
COISA-MAIS!
" Porque estás de mãos nos bolsos?... "
- Ajusto-me melhor...
Mas principiemos:
Eis a rosa!...
Ou antes:
A outra Coisa!...
" Mas qual?...
De que falas?... "
- Ainda não sei bem...
Trata-se dum improviso.
" Tentemos de novo! "
- Eis á rosa...
" Á rosa?!..."
- Áquilo a que chamamos rosa!
Ei-la sem côr,
Sem forma...
" Com aroma?... "
- Nunca!...
" Então com quê? "
- Teremos de aguardar...
" Mas porquê sem aroma? "
- Porque o aroma
Pressupõe imediatamente a rosa.
" Então que raio de Coisa
Tencionas mostrar-me?... "
- O meu rosto autêntico!...
" E como vais consegui-lo? "
- Terei de inventar-me
No ser da rosa,
E TENTAR VÊR-ME...
VÊR-ME
Como se eu fosse ela mesma!...
" És louco!...
O mais que poderias obter,
Seria sentires a tua presença
E nada mais. "
- Nada mais que um pressentimento
Informe?...
Talvez, poeta!
Contudo tentemos...
" Se lhe dermos côr
MENTIREMOS? "
- Se lhe dermos forma,
MENTIREMOS DE NOVO!
Apesar disso,
Vamos chamar-lhe rosa...
" Com que fim? "
- Para sabermos
Que não se trata da rosa!
Libertemos em seguida
Esta ansiedade cosmológica:
Na tentativa de
Encontrarmos a verdade
MENOS EXTENSIVA...
" E que verdade é essa? "
- Será inevitávelmente,
A VERDADE
NÓS-TEMPO...
Ou mais concretamente,
NÓS-ÁQUEM-TEMPO.
" Áquem-tempo?... "
- A verdade
NÓS
ESPAÇO
COISA
E ao descobrirmos
O que está para cá
DO ASPECTO ROSA
( Foto de: Daniela Rocha )
Seremos instante,
OCASIÃO...
Aí, verás o meu rosto.
" É magnífico,
Mas ainda não compreendo bem... "
- Ser ocasião,
É tornarmo-nos verdade com ela.
" Ela, quem?... "
- COISA-NÃO-ROSA...
( Foto de: Daniela Rocha )
É tornarmo-nos complexidade,
ORGANISMO ESPIRITUAL...
" Progresso?... "
- Na percepção
Do instante-coisa a saber.
Então o círculo abrir-se-á
Numa apreensão emergida para nós.
" Tenho medo!... "
- De quê?!...
" De o conseguirmos... "
- Não sejas tolo!
Se O conseguirmos
SEREMOS REGRESSO!...
" Compreensão?... "
- Assim, a verdade
Mostrar-se-á em nosso tempo
NÃO-ASPECTO-ROSA
EU-OUTRO!
" Em nosso tempo!? "
- Exactamente nele.
Entretanto, aquilo que vier
Não terá de forma alguma
A forma duma rosa,
Mas sim
A forma exacta do meu rosto.
" É assim um pouco
Como na pintura abstracta?... "
- Sim...
Há certos pintores que entram nesses caminhos...
" E desse instante para cá?... "
- Todo o resto será alternado.
" Afinal, nada surgiu!... "
- Teremos de o tentar mais vezes.
( Um tema: " LAS VEGAS TANGO " - Gil Evans )
Bom-fim-semana!
Pain-Killer
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