Thursday, October 27, 2005


" CHARLES M.SCHULZ "

"...eu não penso que sou um artista verdadeiro.Adoraria ser um Andrew wyeth ou um picasso...mas consigo desenhar e escrever razoavelmente,e penso que faço o melhor que posso com as capacidades que me foram concedidas.
-Que mais pode um homem pedir?"


Charles M.Schulz nasceu a 26 novembro de 1922 e faleceu a 12 fevereiro de 2000.
Schulz é o cartonista sindical,mais conhecido em toda a história,a sua obra apareceu em mais de 2.300 jornais.Publicou mais de 1.400 livros,ganhou varíadissimos prémios,tais como o "peabody" e "Emmy",por animações epeciais.
É responsavel pelas melhores produções musicais no "American Theatre",intitulado "You are A Good Man,Charlie Brown".
E toda esta diversidade e reconhecimento bem como o sucesso contínuo, começou há 45 anos atrás,quando o " United feature syndicate" dirigiu o 1º "comic strip"chamado " PEANUTS ".

(Um obrigado especial onde quer que estejas Charles Schulz,pela magnífica e divertida série de b.d.,cheia de pedagogia,que tantas emoções despoletou em milhões de crianças e tantos ensinamentos valorosos incutiu em nós.)

Bom-fim-semana,

Pain-Killer





Monday, October 24, 2005

" COMMON SENSE "


Este pequeno pedaço de mundo que a minha mão esquerda ostenta,vulgarmente conhecido pelo senso comum,como tubérculo, (raíz)é na realidade uma forma de rara beleza natural e espontânea.
Os meus olhos não a esculpiram,as minhas mãos não a poliram,tampouco a minha imaginação lhe terá conferido forma...
A sua forma,textura,volume e "alma" já se encontravam lá...Esperando apenas...que alguém reparasse...

Pain-Killer

Thursday, October 20, 2005



" SOMBRAS DA MINHA VIDA "


AS SOMBRAS

Mostram claramente que são
O que sentimos ao vê-las.

Mas o que sentimos
Não é o que pensamos
Quando as vêmos.

E o que se diz
Não é o que se pensa
Quando sentimos as coisas.








Pain-Killer

Wednesday, October 19, 2005

" APARÊNCIAS "





Se perguntas
E respondes a ti própria,
É erro
O de pensares
Que serás eternamente feminina.

O mesmo erro cometes
Supondo que tudo
São várias coisas,
Para seres eternamente
A mesma coisa.

Por isso
Quando eu fizer um erro,
Não pretendas saber essa razão...
Quero antes que procures
A razão do teu espanto...
E saberás então,
A razão porque errei.

















Pain-Killer

Wednesday, October 12, 2005

"PAIN-KILLERS"

Há um vulto indefenido
Duma árvore que morreu
Na margem dum rio sem nascente...
E entre mim e ela,
Estende-se o espectro da miragem...
E cada qual de nós
Espera a sua imagem.

Todos nós
Podemos ter a forma
Semelhante a qualquer coisa...
Mas nunca a semelhança
Daquilo que somos.

O que me convence
Neste compasso de espera,
Não é o agonizante silêncio
De qualquer estátua...
Nem o indiferente sorriso
Duma rua sem nome...

O que me convence
É a certeza
De que a tua juventude
Não foge,não me entristece...
Apenas sei que envelhece.













Pain-Killer

Friday, October 07, 2005


" CIDADE INVICTA "

Há muito, muito tempo, quase nos primórdios da civilização, havia um lugar ao qual chamaram Porto por ser de paragem obrigatória às gentes que viajavam no país. Nesse lugar havia um rio chamado Douro por ter em si muitas e belas riquezas. A terminologia da palavra aponta para portus, a porta, topónimo que traduz a vida comercial e o desejo de um povo pioneiro na descoberta do desconhecido A constituição das suas origens como cidade data de 417. Ao longo dos séculos foram vários os seus governantes, citando-se entre outros os Suevos, os Godos, e mesmo os Mouros que por aqui passaram até ao reinado d’El Rei D. Afonso I, de cognome o Católico. Nas vicissitudes da Reconquista conhece por várias vezes a destruição. Depois de ter sido nomeada bispado e ter sido entregue a D. Hugo o burgo foi sempre crescendo, quer dentro dos muros, quer nas imediações da cidade.

Estendendo-se pela Ribeira até à praia onde desembarcavam e embarcavam mercadorias. Trepando em direcção ao burgo, lá no alto, seguindo os traçados que rumam a Braga, a Guimarães e Trás-os-Montes e ao Olival. A crescente importância económica do burgo episcopal começa a despertar a cobiça dos poderosos e com eles a dos reis. E as lutas começam. As disputas entre reis e bispos pelo controlo dos recursos da cidade, nomeadamente dos rendimentos da actividade portuária permanecem até ao reinado de D. João I, quando acordou com a Mitra a passagem definitiva do senhorio. Entretanto a cidade continua a crescer e é no reinado de D. Afonso IV que é mandado edificar uma cinta de muralhas destinadas a proteger o pequeno burgo, esses muros ou muralhas que circundavam e defendiam o velho burgo portucalense existiam ainda no século XVII, da sua constituição faziam parte as portas: a Porta dos Carros, de Santo Elói, do Olival, da Esperança, do Sol e a Porta Nobre . No seu percurso a porta principal era o Arco de Vandoma, situado a nascente do citado burgo e a encostar no largo da Sé e na rua Chã daí inclinava o muro monte abaixo, ladeando as escadas das verdades onde se encontrava a Porta das Mentiras, aqui o muro torneava o Alto do Barredo e angulava o rio da vila que desaguava a descoberto na rua de S. João, que hoje em dia ainda conserva o mesmo nome, rasgando o arco de Sant’Ana das Aldas e o arco de S. Sebastião onde recurvando fechava o circuito do muro, muro este que é mais conhecido por Muralha Fernandina .Cedo o Porto demonstrou o seu grande potencial na construção naval, quer a nível industrial, quer comercial. A esse potencial não são alheias as ligações inquebráveis que o Porto possui com o Douro e com o Atlântico.Assim pelo século XIV adiante foi o Porto o principal centro português de construções navais.Envolto nos enredos do mar, lançado na imensidão dos oceanos em busca de novas paragens, navios, marinheiros e população integraram interesses e esforços de muitas formas e, logo aquando da expedição à conquista de Ceuta, o infante D. Henrique, nascido na Invicta, ali organiza uma formosa esquadra que levou a juntar-se ao rei que esperava em Lisboa antes de partirem par o Norte de África.E foi por tal empenhamento que os portuenses receberam a alcunha de Tripeiros, pois segundo contam, o comprometimento do povo levou a que fornecessem as naus e galeras com as carnes ficando apenas as tripas como alimento dos que por cá ficaram.

Como louvores dos feitos prestados, muitos foram os portuenses que inscreveram os seus nomes na história.Ao longo da história o Porto foi sempre muito cobiçado, pelas riquezas, privilégios, autonomia e tradição que o caracterizavam, mas com o Foral Manuelino de 20 de Junho de 1517 o Porto perdeu grande parte dos seus privilégios, sendo D. Manuel considerado o rei inimigo, que deu inicio à mesquinha, absurda e funesta política da centralização dos poderes e serviços. Contudo o povo portuense sempre honrou o seu caracter colectivo, através do seu espirito de independência e o seu amor à liberdade. Muito marcada pelo desaire do período filipino, é já no século XVIII que de novo atinge as alturas dos pergaminhos de cidade empreendedora. Renovando as industrias correlativas derivadas das velhas actividades mercantis de cabotagem e longo curso.Mas o engrandecimento da cidade não resplandece apenas nas actividades comerciais, expandindo-se às artes, como é o barroco nasoniano marcado em alguns templos da cidade.Uma das características deste estilo é o recurso à policromia e à exuberância das formas, bem como a conjugação de revestimentos a ouro com a pintura e o azulejo criando ambientes de rara beleza.Em 1755 o Porto é marcado por um terramoto que apenas provocou pequenos estragos, na sequência da reconstrução de Lisboa, a influencia inglesa e a acção dos Almadas, trazem para a cidade um surto de engrandecimento admirável.Sobrecarregada com a crise da tecelagem, mas apoiada no comercio do vinho do Alto Douro, trazido rio abaixo e embarcado no Porto, facto que se traduziu no nome pelo qual esse vinho é conhecido, a cidade vê aumentar ainda mais o seu núcleo populacional com colónias de ingleses e outros europeus que se estabeleceram e radicaram na cidade.

No século XIX o Porto é massivamente modernizado através de novas ideias, riqueza acrescida, força empreendedora, um deslumbrante escol de gente de saber, políticos, capitais e sobretudo a inegável força popular, afeita ao trabalho, resistente e ciosa dos seus pergaminhos de independência e liberdade.Os portuenses intervêm repetidas vezes nos próprios destinos políticos da Pátria. Sofreram a ocupação dos invasores, não se aquietando na sua expulsão, retendo-lhes as ideias mais benéficas, não admitindo tutelas, defendendo-se com armas, vidas e bens.Com uma determinação impar, a cidade foi crescendo, organizando-se administrativa, financeira e culturalmente, constituindo-se numa capital regional que ainda hoje é.Ao longo do século XX o cunho que a caracterizou sempre manteve-se e hoje a cidade está populacionalmente estabilizada.Dela partiram as primeiras acções republicanas, sendo simultaneamente um dos grandes pilares políticos e económicos do País. E ainda foi o pólo de crescimento industrial significativo quer internamente, quer nas regiões vizinhas.Assim falar do Porto é começar sem nunca conseguir terminar de relatar todos os seus feitos, tradições, costumes, belezas...A cidade velha de séculos, contrastante com o fervilhar de actividades e ideias não se pode nunca destituir das gentes que lhe dão vida, caracter e cunho.Gentes de linguagem marcada, sonora e garrida, trabalhadora e entusiasta, vibrante com seus ídolos desportivos, áspera e livre na crítica e jubilosa nos folguedos.O Porto congrega, cria, difunde densos cambiantes de contrastes sendo por isto o símbolo portuguesíssimo de um progresso que não se envergonha do passado mas nele sustenta o futuro.Por tudo isto é considerada a mais imponente cidade do Norte merecendo a justa classificação de Património Mundial.


"Assemelha-te..."

Torna-te mais carne
Á minha carne...
E não importa saber
O que serás.

Vês?
Só quando te amo
Me dás a sensação
Duma igualdade.

É pouco...
Mas no dia
Em que souber
Que pensaste como eu,
Serás finalmente meu semelhante.














(Porto,um marco importante na história do mundo)



Pain-Killer

Thursday, October 06, 2005

" LIVRE COMO UM SONHO "




Imaginei um lago sem margens.
Imaginei-o com árvores e flores,
Onde os frutos e as rosas atrevidas
Se banhavam todo o dia.

Ao surgir a noite
Pequenos cristais flutuavam
No murmúrio das águas...
E o luar deixava-se cair
Sobre a cidade sem mágoas.

E o amor?
Era livre.
Livre como um sonho
Ou como a rua sem gente...







Era um vulto sem raíz
Ou sem razões...
De onde as últimas aves
Traziam novas canções.






Pain-Killer

Tuesday, October 04, 2005


"MUTAÇÕES"


Se julgas
Que te amam de verdade,
Logo deves duvidar dessa certeza.

Só se ama
Quando não temos a certeza
De sermos amados por alguém.

E se um dia
Deixares de amar
Para amares de novo
Um outro alguém,
Nunca penses que amaste
Duas vezes...

O amor
Não é coisa que se perca...
É apenas uma coisa
Que em coisas se transforma.


Pain-Killer