Saturday, April 21, 2007

APONTAMENTO
PARA UM DIA INSIGNIFICANTE.





















Este quarto deve cheirar imenso a tabaco...será que a mosca passa mal as noites? Para cá disto, é melhor pensar ás escuras.
Noutro prisma, tenho de admitir que sempre tenho pensado ás escuras, e depois, esta luz teima em não entrar cá dentro...
Ou porque a experiência que tenho,
já por si é luz.



















" Em que pensas? "

- Porque perguntas semp
re em que penso?

" Porque te sinto calado
E de olhar fixo! "















- Pensar

Não é a razão principal,

Aquilo que me obriga a pensar

É QUE SIM!...














" O que acontece
Quando pensas no que pensas? "


- Penso que aquilo em que penso,
É ainda uma miragem daquilo que sint
o...












" Constróis armadilhas! "



















- Assim parece...
Mas isto
não é outra coisa,
Senão a transcendência que esta
FELICIDADE ME PROVOCA.














" Inconsciência? "


- Manifestação pura,
Particularmente

Quando procuro extraír á imagem
cega,
O espectro emergido

Do abismo dos teus sonhos.



















" Gostas de coisas complicadas! "

- Nada disso:
AS COISAS É QUE SE COMPLICAM!...















" Tudo dependerá
Do nosso ponto de vista? "


- DE NOSSO CONTEÚDO.



















( Foto de: Daniela Rocha )

" Vives na apreensão... "

- Na fuga,
No próprio objectivo!...















( Três cenas do filme: « A FUGA »
De: Daniela Rocha )

" Isso lembra-me o filme
Que a Daniela rea
lizou... "

- Sim...
« A FUGA »














É um filme curto, mas ilucidativo...
Revela que o Homem

Tende a fugir da vida,














IGNORANDO
O QUE ESTÁ POR TRÁS DE CERTAS PORTAS.


" A opacidade do desconhecido
Fascina-te... "















- Mas é fundamental

Impedir que a inibição me comprometa...



















" Que vais fazer hoje? "


- NÃO DIGAS HOJE,
NUNCA MAIS DIGAS HOJE!...















" Então, o que faço? "

- Limita-te a perguntar o que vou fazer,
E isso basta.











" Pois seja... "


- Vês?

Acontece que a Coisa se proporciona...

Seguirei em frente...

















DE FRENTE PARA CÁ
E ao penetrar no inconsciente

Analisa-lo-ei.


" Analisa-lo-ás!? "

- Misturar-me-ei com ele,
E ao dar-me á percepção

Trespassarei a opacidade
Seguindo na luz da tendência,

Sem dispensar o lado irracional

Do instante em que me tornar...















Então depois, poderei dizer:
Se sou para mim

É PORQUE SOMOS DOIS

Ou porque é totalmente impossível

Falar concretamente de mim

Ou de qualquer coisa...













Ou ainda:
Se tento falar daquele,
DAQUELE...




















Daquele que sou eu,

Estou falando daquele...

DAQUELE

E não de mim!...














E tudo isto

Depois dum instante passar a outro,

Mas esse outro é sempre o mesmo...














O ANTERIOR.


" Penso
Que tinhas pensado nisso
Muito antes de te expressares!... "


- Tudo acontecera em sequência...

Puro improviso...




















Além do mais, já te expliquei

O que é o improviso!


" Sim, tens razão...

Mas, no meio de tudo isso

Há uma coisa

Que realmente me seduz... "














- O quê?


" Gostaria de conhecer o teu mundo
,
Mas sinceramente

Nunca sei onde estás! "


- Poeta, vou segredar-te uma coisa:




















O meu mundo, é aqui...bzz, bzz, bzz...
E eu

















Situo-me precisamente
NO CENTRO.

( Um tema: " MY ONE AND ONLY LOVE "
-
Versão de: Céline Rudolph )

Pain-Killer

Tuesday, April 10, 2007

" O CARÁCTER DA DERIVAÇÃO "




















" Sai daí!... "

- Para quem falas?
Para mim, ou para aquele?...

Um pouco mais de algum silêncio no tempo...













- QUEM FALOU?...
FUI EU,
OU FOSTE TU QUE SONHASTE
?...

" Não! Não falei!...
Sonhava apenas... "
















- JÁ SEI!...

" O que foi? "


- O que ouço é para mim!...



















" O que ouviste? "

- O que ouvi?...
Que é muito vago dizer-
se
Que vim do ventre da minha mãe...



















Por isso aquele silêncio
Se iluminou como um es
tilhaço!...














" E o que concluiste? "


- A HUMANIDADE NUNCA SAIRÁ DE SI!...















" A coisa é circular?... "

- ESPIRAL
É a cobra com o rabo quase na boca...



















" Quase!? "


- QUASE!...

" É tudo quase? "

- QUASE TUDO...




















" E depois?... "

- Depois?...

Depois, entendo que a minha mãe

Confirmou a minha permanência

No sangue dos meus antepassados...




















" O que quer isso dizer? "

- EXISTI SEMPRE!...














Por isso não creio na morte...


" Isso é um exagero! "

- Não, poeta!...
Existiremos sempre na humanidade,

Resta saberes como...



















" Então, como? "


- A resposta está na transcendência...
E sei que estas associações
Levam a um eu Universal,

Fragmentado em cada cabeça humana.















" Transcendência? "

- Transcendência!...
Sem ela,
Jamais essa «coisa Homem »

Dominaria o instinto...



















Processo longo, sem limite no querer.

" O Homem...sempre o Homem... "










- Quando falo dele, ou de sua realidade,

Há toda uma tendência inconsciente
De o colocar para cá da matéria,

Sem condição animal

De espécie alguma.















Na verdade, esse ser histórico

EXTRAI-SE DAÍ

De sua própria experiência.


" Qual é a base da ascensão do homem? "

- O pensamento.



















" E qual a base do pensamento? "


- A experiência, em grande parte.

Por tendência natural

Ele descobriu-o...

E reflectindo sobre ele e sobre si,

Encontraria mais tarde

O significado de comunidade...














Concluindo em seguida,
Que a palavra comum

Equivalia a um só eu,

Na medida em que a comunidade

Dispersa ainda pela força das circunstâ
ncias,
TENDE















Por uma associação de idéias sup
eriores,
A aproximar-se do comum:

Cuja palavra,

Em termos já expostos,

Explica a existência dum único eu Universal.


" Esse eu Universal,
É já uma realidade? "


- Desde sempre!...
















Mas para melhor entenderes,

Ultrapassarei um certo número de conceitos

E preconceitos!...

Deste modo, poder-se-á sub-entender

Que este EU, está por enquanto

No mais profundo silêncio...
















UM DIA LIBERTAR-SE-Á!...


" De tudo isto que me contas,
Nada se passará ao acaso

Perante o carácter da
derivação? "

- Poeta!

Mete na cabeça de uma vez
por todas!...
O ACASO:














É a causa indeterminada,

Que alguns preferem como:











SUBSTITUIÇÃO DE CAUSA ABSOLUTA!...


" Eles não crêem nisso!... "




















- Mas lá no fundo,

ELES SABEM...















Em face disso,

O EU RETRAIR-SE-Á




















Diminuindo-se... e para cá disso,

Tens a resposta em ti...

Tu próprio disseste:














DERIVAÇÃO!...


( Um tema: " JESUS' LAST BALLAD "-

- Bill Evans/Toots Thielemans- do album: AFFINITY )


Bom-fim-semana!

Pain-Killer