Wednesday, August 03, 2005




" EGBERTO GISMONTI "



Nasceu numa família de músicos em Carmo, pequena cidade do interior do estado do Rio, filho de pai Libanês e mãe Italiana. Desde cedo frequentou o Conservatório,a estudar piano. Começou a interessar-se pela pesquisa da música popular e folclórica brasileira, chegando a passar uma temporada com os índios no "Xingu". Em 1968 participou no Festival da TV Globo, com a música "O Sonho", defendida por "Os Três Moraes". No V Festival Internacional da Canção, em 1970, concorreu com "Mercador de Serpentes". No final da década de 60 foi para a Europa, onde teve aulas de piano com a renomada professora Nadia Boulanger. Fez shows na Europa e lançou, no Brasil, em 1969 o primeiro LP, "Egberto Gismonti". No início dos anos 70 alternou entre o Brasil e a Europa, gravando discos lá e cá. Do disco "Egberto Gismonti", de 1973, destacaram-se algumas faixas, em parceria com Geraldo Carneiro: "Tango", "Encontro no Bar" e "Luzes da Ribalta". Por influência do choro, passou a interessar-se pelos diferentes tipos de violão e instrumentos de corda, e começou a aprender o instrumento, passando depois para o violão de 8 cordas, por volta de 1973. Por essa época começou também a estudar diferentes instrumentos, principalmente flautas e kalimbas. Foi um dos primeiros músicos brasileiros a dominar sintetizadores. Depois concentrou sua carreira no exterior, gravando discos premiados com o percussionista brasileiro também radicado fora do Brasil Naná Vasconcelos ("Dança das Cabeças", de 1976), e com outros instrumentistas, como Charlie Haden e Jan Garbarek. Gravou 15 discos entre 1977 e 1993 para o selo norueguês ECM, dez dos quais lançados no Brasil pela BMG em 1995. Através de seu selo Carmo, readquiriu seu repertório inicial, e é um dos raros compositores brasileiros donos de seu próprio acervo. Recentemente sua obra passou a ser gravada maciçamente por outros instrumentistas. Algumas peças do disco "Alma", de 1987, tornaram-se hits, como "Palhaço" e "Loro".

DISCOGRAFIA:
MEETING POINT
ZIG-ZAG/Egberto Gismonti trio
MÚSICA DE SOBREVIVÊNCIA
CASA DAS ANDORINHAS
INFÂNCIA
AMAZÔNIA
DANÇA DOS ESCRAVOS
FEIXE DE LUZ-TODO O COMEÇO É INVOLUNTÁRIO
ALMA
TREM CAIPIRA
EGBERTO GISMONTI
DUAS VOZES/E.Gismonti/Jan Garbarek
CIDADE CORAÇÃO
FANTASIA
EM FAMÍLIA
SANFONA
FOLK SONGS/E.Gismonti/Charlie Haden/J.Garbarek
CIRCENSE
MÁGICO
SOLO
NÓ CAIPIRA
SOL DO MEIO DIA(Mto bom*****)
CARMO
DANÇA DAS CABEÇAS
CORAÇÕES FUTURISTAS
ACADEMIA DE DANÇAS
ÁGUA E VINHO
ORFEO NOVO
SONHO
BRASIL MUSICAL-Série música viva-André Geraissati/E.Gismonti
KUARUP-banda sonora do filme
O PAGADOR DE PROMESSAS
SONHOS DE CASTRO ALVES-banda sonora do ballet Castro Alves
JORGE AMADO-Guia das ruas e dos mistérios da cidade do salvador da baía
BRAZILIAN HORIZONS
(Além das diversas participações especiais)
Egberto Gismonti é um dos maiores músicos e compositores do Brasil em todos os tempo, tendo visto a sua música difundida através de muitas orquestras, um pouco por todo o mundo.





















" A arte do Bonsai "


No Ocidente, onde a Arte do Bonsai é mais recente, carecendo, por isso, de maior meditação, um Bonsai se caracteriza quase que apenas por princípios estéticos e decididamente sem qualquer conteúdo filosófico.
O espaço reservado por aqui ao Mundo Vegetal é praticamente nulo, na mentalidade filosófico-religiosa, ao contrário das culturas asiáticas e de algumas civilizações germânicas e nórdicas.
Muitos tentaram e ainda tentam definir o que é um Bonsai.
Fugindo da definição semântica, a arvorezinha na bandeja representa um símbolo vivo da maneira de sentir do Homem, e também da sua Alma, apesar de se basear em critérios de idealização e de beleza artística.
Por isso, o deslumbramento ao se contemplar um Bonsai. Há algo transcendental...


Não há dúvida de que, o que deu vida à Arte dos Bonsais, copiada da Natureza pelo Homem, foi um princípio abstrato artístico-filosófico-religioso, visto que nenhuma criação humana pode suportar o passar do tempo (cerca de 3.000 anos), sem possuir um componente espiritual capaz de resistir, exatamente por este caracter, o desgaste dos milênios.
O Budismo, de origem da Índia, é uma filosofia que exalta o equilíbrio da Natureza e da Vida, e que coloca segundo plano a individualidade das coisas.
Essa filosofia, ao difundir-se pela Ásia, entrou em contacto com a mentalidade chinesa, que mais prática e menos chegada à abstração, chegou ao vazio do Fogo Supremo, mediante as técnicas da Yoga.
Foi então que adquiriram todo o seu significado filosófico os galhos vivos das pequenas árvores, e seus troncos marcados por cicatrizes, testemunhas das adversidade superadas, e que representa, em última análise, a vitória da Vida sobre todas as coisas.
Os pensadores e monges chineses ao perceberem a imensidade da Natureza - segundo os ensinamentos de Buda - tentaram reduzir pelo menos uma parte dela, representá-la de forma menor, para conseguir assim equilibrá-la com sua menor condição humana.

Ou seja, trazer uma parte da Natureza à nossa pequena estatura humana.
Assim, em decorrência da expansão da filosofia budista, surgiu na China,o"Benjin Pensai",o futuro Bonsai.

O "Benjin Pensai", com o tempo, adquiriu as as diversas facetas da alma que o havia criado e acabou se convertendo, na China, em uma escola de:
meditação e de aperfeiçoamento espiritual,
técnica de miniaturização e meio de comunicação e
expressão da comunhão e do equilíbrio entre o Homem e o Mundo.
Em torno de 1100 e 1200 dc, O cultivo da árvore em bandeja alcançou o Japão.
O povo japonês, mais acostumado em confiar nas possibilidades humanas e crer nelas, viu no Bonsai um meio de realizar sua própria cultura, para transmitir as capacidades humanas aos membros das gerações de uma mesma família.

O Bonsai se transformou em Tradição...

Por isso, dentro do conceito filosófico japonês, é extremamente difícil definir, de forma esquematizada, um Bonsai, pois ele possui as mesmas complexidades do âmago da Alma Humana.
Um Bonsai não é apenas um objeto para se cuidar e admirar.
É sim, uma Vida que deve respeitar-se e talvez até mesmo venerar, por que ele concentra em si o indecifrável mistério da Existência.
Na cultura japonesa, a árvore, qualquer árvore, representa a continuidade do tempo.

" O meu bonsai aos 7 anos de idade"


"So...the next time, you look at a little tree like this one,instead the size,try to notice the energy of it"...

Aquela árvore,está ali...

Em mim.

SEI QUE ME VÊ...

E sei que não pensa

Nada de mim

Por NÃO SABER QUE ME VÊ.

Um dia

Há-de tombar cá dentro

por si mesma.

Mas esse dia

Não é mais que este instante,

Por que só a presença

Espera por si própria,

No futuro.

Pain-Killer








" RAPHAEL BORDALLO PINHEIRO "

Humorista incómodo:


O ilustre caricaturista Rafael Bordalo Pinheiro nasceu em Lisboa no dia 21 de Março de 1846. O pai iniciou-o no desenho e não apoiava a inclinação do filho para a caricatura. Todavia, contrariou o pai, trocando os pincéis pelo lápis. Desta forma alcançou a fama internacional como caricaturista exímio, genial ceramista e decorador.Matriculou-se na Academia de Belas-Artes, apresentando, nas exposições, trabalhos muito aplaudidos pela crítica. Continuamente rejeitou propostas aliciantes de jornais estrangeiros, por gostar muito do seu País. Colaborou com várias publicações espanholas, inglesas e francesas.Com a criação da "Lanterna Mágica" quebrou a monotonia portuguesa, ligando-se a Guerra Junqueiro, Guilherme de Azevedo e Lino de Andrade. Em 1870 publica um álbum de caricaturas gravadas a água-forte, sob o título de "Calcanhar de Aquiles", onde figuravam os homens mais notáveis do seu tempo, como Júlio César Machado, Alexandre Herculano, Manuel Pinheiro Chagas, Bulhão Pato, Ramalho Ortigão, Manuel de Arriaga e outros. Em 1871 cria "O Binóculo", sendo o primeiro jornal que se vendeu dentro dos teatros. De imediato, faz sair o "Mapa de Portugal", vendendo mais de 4000 exemplares no espaço de um mês.Dirige o jornal "O Mosquito", no Rio de Janeiro, onde deixa críticas mordazes e momentos de grande saudade por Portugal. Em 1879 voltou para Lisboa e funda a folha humorística "António Maria", seguindo-se "Álbum de Glórias" e "Pontos nos ii". Em Janeiro de 1885 resolve terminar com o "António Maria" e abandonar o jornalismo. A partir de então, dedica-se à cerâmica, dando todo o seu esforço à Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, levando-lhe uma lufada de ar fresco, cheia de imaginação e criatividade. De imediato, apareceram obras como a famosa "Jarra Beethoven". Caricaturista também no barro, deu forma a essas notáveis figuras como o sacristão, o padre, o polícia, a ama de leite, a alcoviteira e o genial "Zé Povinho".Dirigiu a construção do pavilhão português na Exposição de Paris de 1889. Nas Caldas da Rainha existe um museu com o seu nome.Em Lisboa, no ano de 1905, desapareceu do número dos vivos.


Uma homanagem,a um homem,cuja versatilidade,foi,sem dúvida o seu maior adversário.

Pain-Killer